Reza a lenda que toda unanimidade é burra. Não cabe a mim definir se quem disse essa frase tem razão ou não, mas a verdade é que nem mesmo Jesus Cristo consegue ser unanimidade até os dias de hoje. Imaginem, então, se falarmos sobre Seleção Brasileira.
Façamos um resumo dos últimos acontecimentos. Perdemos a disputa pelo ouro olímpico quando fomos eliminados pela rival Argentina na semifinal da competição. Em seguida, pelas Eliminatórias, goleamos o Chile dentro de Santiago, onde não é todo o dia que se consegue um feito assim. Na seqüência, vimos um verdadeiro vexame ao não conseguirmos vencer a Bolívia jogando aqui, adversário que jogou um bom tempo com um atleta a menos.
Mas o que a unanimidade tem a ver com tudo isso? Simplesmente nos comentários. Na Olimpíada estava tudo péssimo, ninguém prestava, todo mundo era mercenário, mascarado e sei lá mais o quê. De repente, diante do Chile, voltamos a ter uma zaga excelente, um time cheio de pegada, vergonha na cara e muitos começaram a achar que logo retomaríamos o antigo trio “vencer, golear e encantar”. Em seguida, após o fracassado empate contra a Bolívia, voltamos ao “ninguém presta, mercenários” e assim por diante.
A realidade é que temos um material humano excelente. Poucas seleções têm em seus atletas um DNA tão forte no que se refere a futebol como o Brasil. É lógico que apenas isso não basta para chegarmos a conquistas importantes, pois devem ser somados outros fatores como esquema tático eficiente, preparo físico, raça e doação por parte de cada jogador.
É chato quando se muda de opinião de acordo como vai o vento. E não cito ninguém em específico, mas todos os brasileiros que têm um pouquinho de treinador em cada um de si. Seria interessante a defesa de um ponto de vista, deixando a unanimidade de lado. Até porque, sabemos, não existe unanimidade no futebol, seja no sentido positivo ou negativo.
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