Em sociedade com um amigo, jogo na Dupla Sena um cartão que comporta três apostas e nunca mudamos os números. O coitado do cartão já está todo amassado, judiado, dobrado. Mas está ali, firme e forte, esperando um dia nos dar uma tremenda alegria.
Dias atrás, das seis dezenas que apostamos, cinco delas foram sorteadas. Mas foram sorteadas na Mega-Sena, loteria que não fizemos a aposta. Se a aposta fosse realizada na Mega Sena, teríamos ganhado cerca de R$ 11 mil. Mas como o “se” nunca nos remete a algo concreto, ficamos sem os “trocados” e mal humorados. Se você não acredita, ainda tenho os cartões para provar.
“Se” tivesse acontecido isso, “se” tivesse acontecido aquilo... Algumas vezes ficamos na dependência de fatores do acaso, sem observar se poderíamos ter feito algo para que as coisas pudessem acontecer de maneira diferente. Noto colorados lamentando o péssimo primeiro turno do time, dizendo que “se” o time tivesse vencido Figueirense, Santos e Sport jogando no Beira-Rio, estaria hoje no G4. Dos nove pontos que poderia ter feito ali, somou apenas dois. Algo parecido acontece com o Grêmio. “Se” o time tivesse conseguido manter o aproveitamento do primeiro turno, já estaria com uma mão na taça. “Se” não tivesse ocorrido o problema de Celso Roth com a Polícia Federal e “se” a política interna não tivesse interferido, o clube poderia estar mais distante dos demais. Menos mal que segue na liderança.
Muitas situações que contribuem (ou prejudicam) estão ligadas aos rumos que são dados para as mesmas, seja no futebol, seja na vida. “Se” o Inter tivesse se preparado psicologicamente para não ser o vencedor da Copa do Brasil, talvez tivesse realizado um bom primeiro turno no Brasileirão. “Se” o foco do Tricolor não tivesse mudado de direção nos últimos dias, o clube poderia ter se distanciado de sua concorrência na disputa pelo título. Assim como a nossa aposta, “se” tivéssemos feito na Mega e não na Dupla Sena...
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