20 março 2009

Tampinhas nos joelhos

Agradeço a Deus por não vivido no tempo em que os castigos para quem aprontava dentro de uma sala de aula eram ficar ajoelhados diante de duas assustadoras tampas de garrafas, com suas “garras” apontadas para cima, loucamente ansiosas para saciar sua fome de maldade nos pequenos pedaços de carnes e ossos que ali iriam ser apertados por algum tempo.

Fico imaginando toda a cena: a criança cometia alguma desobediência como brigar com um colega, ofender um professor, quebrar alguma vidraça ou azucrinar dentro da sala e lá estavam as tampinhas esperando para a vingança.

Não sei se aquele tempo era bom, até por que não podemos dizer que “estacionar” os preciosos joelhos diante de duas poderosas tampas de garrafas possa ser considerado bom, mas a grande verdade é que quem passou por isso acabou trazendo a lição para o resto de sua vida e, possivelmente na época, ou parou de aprontar, ou aprontou menos. A intensidade da dor das marcas das tampas nos joelhos e a humilhação diante de todos é que iria medir isso.

A tendência é que Taison terá um futuro excelente no futebol. Porém, ele merecia ficar uns dez minutos ajoelhado em duas tampinhas de garrafas pela má atitude do último jogo do Inter. O jogador saiu chutando o balde, dizendo-se “bravo”. Depois que todos notaram sobre o quê se referia seu sangue quente, tentou se retratar publicamente, provavelmente advertido no vestiário. Taison está recém começando sua carreira, mas ainda não ganhou praticamente nada no futebol e, mesmo que fosse um craque consagrado, deveria respeitar treinador, companheiros, enfim. Mas Taison é um bom menino. Talvez duas tampinhas resolvessem rapidinho essa questão, a qual já foi superada e não gerou crise.

Em outro exemplo, depois de duramente criticado por todos, Celso Roth parou de usar seu esquema maluco de 3-6-1, além de ter dado um tempo em diversas mudanças de esquema em meio às partidas. O Grêmio voltou a vencer e, dentro da maior normalidade, vai encaminhando sua classificação para os mata-matas do segundo turno do Gauchão.

Nos dois casos, Taison precisa se ajoelhar nas tampinhas e Roth muito provavelmente fez isso dias atrás. Assim, ambos aprendem as lições e quem ganha são os torcedores de Inter e Grêmio. Ruim mesmo ficaria para as tampinhas, que perderiam dois clientes.

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