Sou um desastre na cozinha. Um desastre completo, cinco estrelas. As únicas coisas que sei fazer na cozinha são as refeições e abrir/fechar a geladeira. Nada mais do que isso. Quem pedir para que eu prepare um prato está cometendo um sério risco de comprometer sua saúde.
Vou contar uma experiência que tive ao tentar aprender a cozinhar. Algum tempo atrás resolvi propôr à minha patrôa que me ajudasse a fazer um almoço de sábado. Ao ouvir meu pedido, ela teve vontade de correr ao telefone para chamar um médico, já que imaginou que eu pudesse estar delirando.
Consegui convencê-la de que eu estava em perfeito estado de saúde. Já foi o primeiro passo. O passo mais fácil, diga-se de passagem. A sequência seria mais complicada, já que eu estaria testando minha paciência junto com algo que nunca sonhei em gostar de fazer. Mas arregacei as mangas e fui ao batente.
Lógico que não vou pagar mico e dizer que prato era, muito menos se deu certo ou não. O resumo da história é que considero muito mais fácil escalar a Hungria de 1954 do que propriamente pilotar um fogão.
Trabalhar em pressão e ter a paciência sempre sendo testada é algo que jamais eu iria aceitar. Não sei até onde minha saúde toleraria. Por isso, mesmo tendo lá seus defeitos, admiro Celso Roth. Não falo sobre atuar como treinador, mas sim como ser humano.
Constantemente com seu equilíbrio emocional sendo testado por pressão de torcedores e repórteres em qulaquer clube que dirija, Roth está ali, de pé, sempre pronto a encarar. Sinceramente não sou admirador de seu trabalho, mas tiro o chapéu por sua paciência e capacidade de enfrentar diários tornados psicológicos.
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