Aproveitando as luzes apagadas e que todos já estavam dormindo, ele foi de pé em pé até à árvore de Natal e deixou sua carta ao Papai Noel. Mesmo adulto, ainda acreditava na vinda e nas realizações de pedidos ao bom velhinho. Cheio de esperanças, depositou o envelope junto ao pinheiro.
Seu irmão, alguns minutos depois, também deixou sua carta junto ao presépio, escorando-a em sua base e saindo de fininho. Também adulto, pouco se importava se as pessoas ainda riam de seu gesto, tamanha alegria pelas realizações que Papai Noel sempre o trouxera.
E o bom velhinho apareceu, exatamente como sempre fez: estacionando o trenó em cima da casa e entrando pela chaminé. Aliás, ele sempre teve uma incomparável astúcia de nunca sujar sua roupa nas inúmeras chaminés em que marcou presença.
Abriu a primeira carta e leu: “Papai Noel, sou gremista e gostaria muito que meu time conseguisse ser campeão da América outra vez. Sei que torcedores de outros times que jogarão a Libertadores irão pedir o mesmo que eu, mas tenho muita fé que o senhor esteja lendo minha carta antes que as cartas deles. Assim, o senhor pode justificar que o meu pedido chegou por primeiro. Pode ficar sossegado. Com certeza eles entenderão. Obrigado”.
Logo em seguida, leu a carta de seu irmão: “Bom velhinho, antes de tudo, adoro as cores de sua roupa, as mesmas de meu time de coração, o Inter. Já que nosso sonho de jogar a Libertadores não poderá ser realizado em 2009, peço que o senhor nos traga todos os demais títulos que disputarmos, pois este será o ano de nosso centenário. Caso não puder atender meu desejo integralmente, apenas nos garanta a Copa do Brasil e o Brasileirão. Já estaria de bom tamanho. Agradeço.”
O Papai Noel retirou dois pacotes do saco de presentes e deixou na árvore de Natal, aos cuidados de cada um dos irmãos. O que Noel teria deixado nestes pacotes?
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