– Doutor, como faço para ficar maluco?
– Como assim?
– Isso mesmo. Preciso ficar maluco. Quais os passos?
– Meu amigo, não posso ajudá-lo a ficar maluco. Pelo contrário, minha função é ajudar as pessoas a resolverem seus problemas de saúde.
– Então quem pode me ajudar a ficar maluco?
– Não entendo por que você me faz essa pergunta, mas a maluquice se origina quando o estado emocional de uma pessoa se perturba aos poucos, ao natural, e quando menos percebe a pessoa está com sua mente alienada e precisa de ajuda. Mas por que você quer ficar maluco?
– Por que o Grêmio tinha um treinador maluco, o qual ganhava mais de R$ 200 mil por mês. Ou seja, se eu ficar maluco, muito em breve serei milionário...
Deixando a brincadeira de lado e sem intenção alguma de ofender alguém com a brincadeira acima, é óbvio que a demissão de Celso Roth não se deu pela derrota no último Gre-Nal – até por que o time foi melhor que o Inter –, mas sim por uma série de fatores que já vinham se acumulando, como perder todos os clássicos do ano, sair prematuramente do Gauchão e ainda achar tempo para menosprezar o Inter nas entrevistas, como se estivesse sendo superior apesar de tudo o que estava acontecendo, algo que, todos vimos, não era bem assim.
Mas a culpa de tudo o que acontecia não era apenas do treinador. A direção, não se sabe se por convicção ou por medo de não se contradizer diante do torcedor, bancou Roth por um longo tempo e a cada dia a situação ficava mais insustentável. Além disso, o plantel do Grêmio precisa de maior qualidade, principalmente se o time quiser ganhar a Libertadores, já que de tanto se falar em “prioridade”, o torcedor não vai se contentar com pouca coisa a partir de agora.
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