24 abril 2008

Fé tem idade?

Quarta-feira, final de tarde. Estava retornando para casa quando vi um amigo com seu sobrinho e parei para bater um papo. O menino, sete anos de idade, estava de camisa do Inter e, como não poderia deixar de ser, o interroguei.

– Quanto vai ser o jogo hoje?
– Dez a zero para o Inter.
– Nossa! Tudo isso? Você não acha que é muito?
Ele não titubeou e de bate-pronto deu a resposta final.
– Tá bem... Nove a zero, então.

Após o riso, que foi inevitável, conversei mais um pouco com eles e fui para casa. Enquanto caminhava, fiquei pensando no que o garoto falou. Perguntava-me se aquela resposta era de alguém confiante na classificação de seu time ou de uma simples e inocente criança, que mal entendia sobre a remota chance de que aquele placar realmente pudesse acontecer.

Mas aí lembrei sobre o que li nos jornais de terça e quarta, começando com a frase de Andrezinho, que dissera ter sonhado que faria o gol decisivo e que o time se classificaria. Logo após, na carta que Guiñazu deixou aos companheiros de time, a qual muito provavelmente motivou a todos os colegas, os mesmos que logo entrariam em campo e seriam observados por uma torcida enlouquecida, que acreditava mais do que nunca na classificação.

Resumindo, fé não tem idade. Pode vir de uma inocente alma de criança como de alguém que esteja diretamente envolvido com as coisas que precisam acontecer. Quando a esperança estiver acima do pior obstáculo, ele será superado. E não vale apenas para o futebol, mas para todas as coisas de nossas vidas.


FOI JUSTO

O árbitro Wagner Tardelli realmente foi péssimo na partida de quarta-feira. Errou para os dois lados, e, pela circunstância do resultado, o Paraná acabou sendo o maior prejudicado, mas não com tanta intensidade como muitos falam. O que não se pode contestar, porém, foi a determinação dos jogadores do Inter, que correram do início ao fim em busca da classificação, a qual veio de maneira justa.

Nenhum comentário: