Alguma dúvida que o favorito para o Gre-Nal é o Grêmio? Atuará em casa, está numa fase excelente, todo mundo está jogando uma bola “redondinha” e, na história do Brasileirão, é superior ao Inter nos confrontos regionais.
Alguma dúvida que o favorito para o Gre-Nal é o Inter? Na história dos clássicos supera o Grêmio em 19 partidas, possui melhor retrospecto jogando na casa do adversário e geralmente nesse tipo de jogo aquele que está em má fase sempre aproveita para reagir.
Alguma dúvida que o Gre-Nal acabará empatado? Seguidamente quando um confronto é muito esperado a partida acaba sendo chata, fraca e fria, acabando num pobre zero a zero, talvez em 1 a 1 se estivermos de sorte.
Agora falando (ou escrevendo) sério, incrivelmente ainda encontramos quem arrisque dizer que esse ou aquele vencerá o jogo. Neste exemplo estou excluindo os fanáticos, claro. Gre-Nal é um jogo sem lógica e tudo, literalmente tudo mesmo, pode acontecer.
Peguemos dois exemplos. Lembram do primeiro clássico do Brasileirão passado? Na quarta-feira o Grêmio perdia a Libertadores para o Boca dentro de casa e, no domingo, ainda com o baque da derrota, vencia o Inter dentro do Beira-Rio por 2 a 0, fora o baile.
Outro exemplo, este um pouco mais antigo. O Grêmio era o campeão brasileiro de 96 e, no ano seguinte, acabara de ganhar a Copa do Brasil. No clássico do Brasileirão, dentro do Olímpico, o Inter venceu o histórico “jogo dos 5 a 2”, excluindo-se, também, o baile.
O clássico já consagrou aquele que estava em baixa, ao mesmo tempo em que deu vida àquele que “respirava por aparelhos”. Traiçoeiro, ele sempre nos engana. Serelepe, nos promove seguidas surpresas. Por isso, paremos com esse negócio de que em Gre-Nal existe favorito.
Blog com 99,9% de postagens sobre futebol, mas com 0,01% de assuntos relacionados a outros esportes ou segmentos. Contato | E-mail: bariviera@gmail.com | Twitter: @bariviera
26 junho 2008
19 junho 2008
Namoro de adolescente
Quando adolescentes, é lógico que tivemos nossas namoradinhas. Cada festa na casa de alguém era um novo namoro garantido. Em média, os relacionamentos (inocentes, deixemos bem claro) duravam quinze, vinte dias. Em cada nova paquera havia as mesmas perguntas de amor, aquelas do tipo “você promete que nunca vai me deixar?”, compreendem?
O mais divertido naquela fase da vida era o “pós-festa”. Encontros antes de a menina ir para a escola, rápidos namoricos na hora do recreio e o cavalheirismo em acompanhá-la até em casa no final do dia. “Posso te ver amanhã?”. Romântico, não?
Em resumo, só faltava mesmo o guri ir até a casa dela e pedi-la em casamento. Tudo muito profundo, com um futuro inocentemente já sendo planejado por ambas as partes. O tradicional “Final Feliz” já não pertencia apenas aos outros. Enfim, estava sendo provado que realmente o sol nascera para todos. Até que viesse o próximo namoro inocente, claro...
Lembro de dezembro de 1995, quando Jardel saiu do Grêmio para o futebol português. Houve até um início de campanha “Fica, Jardel”, onde o torcedor poderia depositar qualquer valor ao clube, para que esse conseguisse manter o ídolo. Mas para a tristeza geral dos tricolores, nada adiantou.
Agora foi a vez de Fernandão, talvez o maior ídolo da história do Inter, dizer adeus. O capitão está indo para a Ásia, objetivando engordar sua conta bancária e talvez, somente talvez, voltar para encerrar a carreira.
Como naqueles bons tempos de paqueras de adolescentes, também de forma inocente, esperamos ter nossos ídolos para sempre nos respectivos times do coração. Mas temos que entender que a realidade infelizmente não permite que isso ocorra. E nos resta, além de ter aproveitado os ótimos momentos, ficar com as boas lembranças.
O mais divertido naquela fase da vida era o “pós-festa”. Encontros antes de a menina ir para a escola, rápidos namoricos na hora do recreio e o cavalheirismo em acompanhá-la até em casa no final do dia. “Posso te ver amanhã?”. Romântico, não?
Em resumo, só faltava mesmo o guri ir até a casa dela e pedi-la em casamento. Tudo muito profundo, com um futuro inocentemente já sendo planejado por ambas as partes. O tradicional “Final Feliz” já não pertencia apenas aos outros. Enfim, estava sendo provado que realmente o sol nascera para todos. Até que viesse o próximo namoro inocente, claro...
Lembro de dezembro de 1995, quando Jardel saiu do Grêmio para o futebol português. Houve até um início de campanha “Fica, Jardel”, onde o torcedor poderia depositar qualquer valor ao clube, para que esse conseguisse manter o ídolo. Mas para a tristeza geral dos tricolores, nada adiantou.
Agora foi a vez de Fernandão, talvez o maior ídolo da história do Inter, dizer adeus. O capitão está indo para a Ásia, objetivando engordar sua conta bancária e talvez, somente talvez, voltar para encerrar a carreira.
Como naqueles bons tempos de paqueras de adolescentes, também de forma inocente, esperamos ter nossos ídolos para sempre nos respectivos times do coração. Mas temos que entender que a realidade infelizmente não permite que isso ocorra. E nos resta, além de ter aproveitado os ótimos momentos, ficar com as boas lembranças.
11 junho 2008
Contos de fadas
Levante o braço quem não conhece a história dos Três Porquinhos ou da Branca de Neve. Não precisa levantar agora, afinal, se alguém observar você lendo um texto com um braço erguido, no mínimo irá achá-lo “fora da casinha”.
O final de Os Três Porquinhos todo mundo sabe, claro. O lobo mau assopra as duas primeiras casas e derruba-as. Os porquinhos fogem para a casa do terceiro e, também assoprando, o lobo derruba a terceira casa e acaba conseguindo capturar os três pequenos suínos.
Na história da Branca de Neve, após comer a maça envenenada, a donzela é encontrada caída pelos anões, os quais, pensando que ela havia morrido, colocaram-na em um caixão. Foi quando veio o príncipe que, ao tentar beija-la para “quebrar” o feitiço, transformou a princesa em um sapo.
Calma, amigos, não estou delirando. Todos sabemos que não foram esses os finais dos contos de fadas acima. Apenas foi dada uma distorcida para driblar o óbvio e criar uma situação de surpresa em quem realmente conhece esses dois contos infantis.
Antes de iniciar o Brasileirão, muitos colocavam o Grêmio entre os rebaixados e o Inter no topo, brigando pelo título. As posições, pelo menos neste início de competição, estão totalmente invertidas para muita gente. O “conto de fadas da classificação do Brasileirão” nos mostra o Tricolor entre os quatro primeiros e o Colorado na turma dos que estariam rebaixados.
Será que a campanha da dupla Gre-Nal no Brasileirão também está maluca, assim como os finais dos contos infantis, os quais adulterei acima? Ou talvez o óbvio possa ter um final diferente daquilo que todo mundo conhece? Ainda teremos mais 33 rodadas, as quais com toda certeza irão nos responder...
O final de Os Três Porquinhos todo mundo sabe, claro. O lobo mau assopra as duas primeiras casas e derruba-as. Os porquinhos fogem para a casa do terceiro e, também assoprando, o lobo derruba a terceira casa e acaba conseguindo capturar os três pequenos suínos.
Na história da Branca de Neve, após comer a maça envenenada, a donzela é encontrada caída pelos anões, os quais, pensando que ela havia morrido, colocaram-na em um caixão. Foi quando veio o príncipe que, ao tentar beija-la para “quebrar” o feitiço, transformou a princesa em um sapo.
Calma, amigos, não estou delirando. Todos sabemos que não foram esses os finais dos contos de fadas acima. Apenas foi dada uma distorcida para driblar o óbvio e criar uma situação de surpresa em quem realmente conhece esses dois contos infantis.
Antes de iniciar o Brasileirão, muitos colocavam o Grêmio entre os rebaixados e o Inter no topo, brigando pelo título. As posições, pelo menos neste início de competição, estão totalmente invertidas para muita gente. O “conto de fadas da classificação do Brasileirão” nos mostra o Tricolor entre os quatro primeiros e o Colorado na turma dos que estariam rebaixados.
Será que a campanha da dupla Gre-Nal no Brasileirão também está maluca, assim como os finais dos contos infantis, os quais adulterei acima? Ou talvez o óbvio possa ter um final diferente daquilo que todo mundo conhece? Ainda teremos mais 33 rodadas, as quais com toda certeza irão nos responder...
05 junho 2008
Casamento moderno
Eles formam um casal perfeito, são muito felizes e extremamente liberais, estilo Woodstock. Por isso sentem-se livres e fazem de seu casamento uma verdadeira aventura. Ambos têm certeza que foram feitos um para o outro.
Casaram no papel e tudo. Porém, em acordo apenas verbal, decidiram que, quando distantes, poderiam fazer o que bem entendessem de suas vidas. Enquanto estivessem longe, morando em países diferentes, cada um faria de sua vida o que viesse à cabeça. Liberdade, entendem? Quando a saudade batesse, um simples telefonema resolveria tudo. Como são realizados financeiramente, morar por um tempo em um lugar e voltar em outra temporada não faria a mínima diferença.
Eles possuem filhos, os quais compreendem perfeitamente a relação do casal. Acham o máximo, por sinal. E os filhos têm absoluta certeza que, por mais que os pais se relacionem com outras pessoas durante o tempo em que estejam afastados, sabem que um voltará para o outro e a relação será assim para todo o sempre. Não há a mínima hipótese de que eles mudem esse jeitão. Jeitão só deles, de mais ninguém.
Um não vive sem o outro. As maiores conquistas de cada um foram obtidas por que a cara-metade estava ao lado. As realizações de um se tornou automática felicidade do outro, que, por viver intensamente cada momento, acabou conquistando junto.
É neste exemplo de relacionamento que vive Inter e Abel Braga. A novela dessa união custa a acabar e o final todos já sabem, já que Abel citou que futuramente voltará. O clube, em eterno agradecimento, acolherá seu comandante. Quanto ao “final feliz”, somente o destino poderá dizer se acontecerá ou não.
Casaram no papel e tudo. Porém, em acordo apenas verbal, decidiram que, quando distantes, poderiam fazer o que bem entendessem de suas vidas. Enquanto estivessem longe, morando em países diferentes, cada um faria de sua vida o que viesse à cabeça. Liberdade, entendem? Quando a saudade batesse, um simples telefonema resolveria tudo. Como são realizados financeiramente, morar por um tempo em um lugar e voltar em outra temporada não faria a mínima diferença.
Eles possuem filhos, os quais compreendem perfeitamente a relação do casal. Acham o máximo, por sinal. E os filhos têm absoluta certeza que, por mais que os pais se relacionem com outras pessoas durante o tempo em que estejam afastados, sabem que um voltará para o outro e a relação será assim para todo o sempre. Não há a mínima hipótese de que eles mudem esse jeitão. Jeitão só deles, de mais ninguém.
Um não vive sem o outro. As maiores conquistas de cada um foram obtidas por que a cara-metade estava ao lado. As realizações de um se tornou automática felicidade do outro, que, por viver intensamente cada momento, acabou conquistando junto.
É neste exemplo de relacionamento que vive Inter e Abel Braga. A novela dessa união custa a acabar e o final todos já sabem, já que Abel citou que futuramente voltará. O clube, em eterno agradecimento, acolherá seu comandante. Quanto ao “final feliz”, somente o destino poderá dizer se acontecerá ou não.
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