Como o Gauchão encerrou de forma antecipada, restou-me acompanhar os primeiros jogos das finais de vários outros estaduais no último domingo.
Sintonizei a TV em Santos e Corinthians e, com o rádio ligado em uma emissora da Capital, trocava de canais conforme os gols ocorriam pelo Brasil. Deliciei-me zapeando pelos certames Paulista, Carioca, Mineiro, Paranaense e Catarinense pelo pay per view.
Minha esposa já sugeriu que eu deveria ser internado, mas já comuniquei que neste domingo terá bis, com os jogos de volta. Vâmo que vâmo!
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30 abril 2009
Com autoridade
O Inter devia uma boa atuação fora de casa na Copa do Brasil e ela veio na última quarta, contra o Náutico. Mesmo jogando em um péssimo gramado, o time tocou a bola com autoridade, administrou a partida com experiência e goleou o time pernambucano ao natural.
Definitivamente, o colorado se credencia ao título da Copa do Brasil, mas, já citado aqui, ainda virão adversários de melhor nível técnico. Mas que o time está muito bem encaminhado, disso não resta dúvida.
Definitivamente, o colorado se credencia ao título da Copa do Brasil, mas, já citado aqui, ainda virão adversários de melhor nível técnico. Mas que o time está muito bem encaminhado, disso não resta dúvida.
Vantagem e cuidados
O Grêmio teve a melhor campanha da primeira fase da Libertadores, somando 16 pontos em 18 possíveis. Se os adversários não serviram de parâmetro, o tricolor não teve nada a ver com isso e, com competência e foco, aproveitou e fez sua parte de forma correta.
De agora em diante, sempre que passar de fase, o clube estará decidindo cada uma delas dentro do Olímpico, diante de uma de suas maiores armas, a torcida. O que não se pode é derrapar em jogos fora de casa, sob pena de a ansiedade atrapalhar sua vantagem conquistada com todos os méritos.
De agora em diante, sempre que passar de fase, o clube estará decidindo cada uma delas dentro do Olímpico, diante de uma de suas maiores armas, a torcida. O que não se pode é derrapar em jogos fora de casa, sob pena de a ansiedade atrapalhar sua vantagem conquistada com todos os méritos.
Obstáculos
Quais poderão ser os maiores obstáculos de Grêmio e Inter em possíveis conquistas de Libertadores e Copa do Brasil, respectivamente? Para o Grêmio, além dos tradicionais cuidados com o Boca Juniors, observo o Cruzeiro como um time que vem jogando bem em todos os setores. Quanto ao Inter, é bom manter os olhos no Corinthians, e, caso se enfrentarem, isso somente ocorrerá na grande final.
Pelos níveis de cada competição, o Grêmio terá adversários mais espinhosos, mas a Copa do Brasil tem uma característica que sempre deve ser levada em conta: as zebras.
Pelos níveis de cada competição, o Grêmio terá adversários mais espinhosos, mas a Copa do Brasil tem uma característica que sempre deve ser levada em conta: as zebras.
25 abril 2009
Troca de patrocinador
O Inter está estudando a troca de seu patrocinador principal, o Banrisul. O banco paga mensalmente R$ 300 mil por mês e o contrato encerra em junho próximo.
Segundo a direção do clube, se o Beira-Rio for um dos estádios escolhidos para a Copa 2014, a visibilidade do clube será maior, além de que já existem vários concorrentes para tal patrocínio, os quais investiriam o triplo do que o Banrisul investe hoje.
Se a troca realmente se efetivar, ela deverá refletir no Grêmio, já que, por questão de logística, dificilmente o banco investiria em apenas um dos dois times.
Segundo a direção do clube, se o Beira-Rio for um dos estádios escolhidos para a Copa 2014, a visibilidade do clube será maior, além de que já existem vários concorrentes para tal patrocínio, os quais investiriam o triplo do que o Banrisul investe hoje.
Se a troca realmente se efetivar, ela deverá refletir no Grêmio, já que, por questão de logística, dificilmente o banco investiria em apenas um dos dois times.
Atraso a credores
Desde janeiro o Grêmio está atrasando o pagamento ao condomínio de credores criado para solucionar antigas dívidas trabalhistas com ex-jogadores do clube. No total, são 14 jogadores que fazem parte do condomínio e o atraso já corresponde a R$ 5,5 milhões.
Como vinha pagando rigorosamente em dia, o motivo do atraso se dá por dois fatores básicos, como não ter realizado uma grande venda para fazer caixa, além da montagem do time para a atual Libertadores.
Como se vê, a parceria com a falida ISL ainda vai deixar muitas marcas ao clube...
Como vinha pagando rigorosamente em dia, o motivo do atraso se dá por dois fatores básicos, como não ter realizado uma grande venda para fazer caixa, além da montagem do time para a atual Libertadores.
Como se vê, a parceria com a falida ISL ainda vai deixar muitas marcas ao clube...
23 abril 2009
O preço do sucesso
Se mantiver os níveis de desempenho técnico e tático atuais, os quais vêm melhorando gradativamente, o Inter aumentará as esperanças dos torcedores de que finalmente poderá reconquistar um título nacional importante, a clara prioridade para o ano de seu centenário.
Porém, como tudo vem dando certo, já começam a aparecer notícias de possíveis interesses do futebol estrangeiro nos melhores jogadores do time. Infelizmente, para a realidade do futebol brasileiro, é o preço que se paga pelo sucesso. Ganha-se dinheiro, mas perde-se as estrelas.
Porém, como tudo vem dando certo, já começam a aparecer notícias de possíveis interesses do futebol estrangeiro nos melhores jogadores do time. Infelizmente, para a realidade do futebol brasileiro, é o preço que se paga pelo sucesso. Ganha-se dinheiro, mas perde-se as estrelas.
Projeto de vida
Jogador de futebol, antes de pensar em ganhar dinheiro, deveria ter um projeto de vida.
Vejam o caso de Rafael Carioca: com apenas 20 anos, buscou na Rússia sua independência financeira e, menos de seis meses depois, implora para ser liberado pelo Spartak para jogar novamente pelo Grêmio.
Para o clube, se a contratação for efetivada, será um grande reforço, mas é nítida a falta de estrutura psicológica de vários jogadores de futebol, os quais são facilmente convencidos por seus empresários a ambos ganhar dinheiro fácil, mas, depois, mesmo cheios da grana, não conseguem ser felizes na profissão.
Vejam o caso de Rafael Carioca: com apenas 20 anos, buscou na Rússia sua independência financeira e, menos de seis meses depois, implora para ser liberado pelo Spartak para jogar novamente pelo Grêmio.
Para o clube, se a contratação for efetivada, será um grande reforço, mas é nítida a falta de estrutura psicológica de vários jogadores de futebol, os quais são facilmente convencidos por seus empresários a ambos ganhar dinheiro fácil, mas, depois, mesmo cheios da grana, não conseguem ser felizes na profissão.
Diabetes
Li com tristeza sobre os problemas de diabetes de ídolos eternos de Grêmio (Alcindo) e Inter (Escurinho e Sérgio Galocha).
Alcindo, o “Bugre”, perdeu a visão do olho esquerdo e espera por um novo rim, enquanto que Escurinho e Sérgio Galocha já tiveram que amputar parte de uma perna, sendo que o estado de saúde de Escurinho atualmente não é dos melhores.
Dos clubes, o mínimo que se espera é alguma forma de assistência aos ex-atletas e/ou familiares, já que os jogadores passam, mas suas histórias e glórias ficam para sempre.
Alcindo, o “Bugre”, perdeu a visão do olho esquerdo e espera por um novo rim, enquanto que Escurinho e Sérgio Galocha já tiveram que amputar parte de uma perna, sendo que o estado de saúde de Escurinho atualmente não é dos melhores.
Dos clubes, o mínimo que se espera é alguma forma de assistência aos ex-atletas e/ou familiares, já que os jogadores passam, mas suas histórias e glórias ficam para sempre.
Convicções
Após um trabalho inicial de seis partidas (e invicto) no comando técnico do Grêmio, Vagner Mancini foi demitido por, segundo os dirigentes, “não ter a cara do Grêmio”.
Essa convicção se dava por que Mancini jogava aberto demais. Celso Roth acabou fazendo um bom trabalho no Brasileirão passado, mas, “tendo a cara do Grêmio”, não conseguiu se firmar na temporada atual.
Apenas para lembrar a quem espera por Paulo Autuori, ele também gosta de jogar aberto, como Vagner Mancini.
Pergunta: Autuori teria a cara do Grêmio? Como ficam as convicções?
Essa convicção se dava por que Mancini jogava aberto demais. Celso Roth acabou fazendo um bom trabalho no Brasileirão passado, mas, “tendo a cara do Grêmio”, não conseguiu se firmar na temporada atual.
Apenas para lembrar a quem espera por Paulo Autuori, ele também gosta de jogar aberto, como Vagner Mancini.
Pergunta: Autuori teria a cara do Grêmio? Como ficam as convicções?
Incontestável
O Inter conquistou o Gauchão de forma invicta e incontestável. Venceu os dois turnos e obteve um aproveitamento de 90%, com 18 vitórias e 3 empates. Além disso, jogou três Gre-Nais e venceu todos. Mesmo que as recentes goleadas não sirvam de parâmetro, deve ser admitido que o time está jogando muita bola.
É importante, porém, manter os pés no chão e aprender com os erros do ano passado, quando o time também venceu o Estadual com tranquilidade e, mais adiante, derrapou na Copa do Brasil e não conseguiu vaga para a atual Libertadores, frustrando seus torcedores.
De forma geral, ficou boa expectativa para o restante da temporada.
É importante, porém, manter os pés no chão e aprender com os erros do ano passado, quando o time também venceu o Estadual com tranquilidade e, mais adiante, derrapou na Copa do Brasil e não conseguiu vaga para a atual Libertadores, frustrando seus torcedores.
De forma geral, ficou boa expectativa para o restante da temporada.
16 abril 2009
TQFC
Você leu o título acima e não compreendeu o significado de TQFC? Vou explicar com total sinceridade e sei que no final terei mais apoiadores do que críticos. Até por que tudo o que será citado aconteceu e, contra fatos e provas, dificilmente as contestações se proliferam.
TQFC significa “Time do Quase Futebol Clube”. Estou falando (ou escrevendo) sobre a atual década do Grêmio. Não me refiro a tradição, torcida e grandeza, até por que isso a história jamais apagará. Desde a infeliz parceria com a falida ISL, o clube nunca mais foi o mesmo. Somou-se a isso a saída de Ronaldinho, que poderia ter deixado os cofres do clube cheio de dólares até hoje. Resumo da década até o momento: título da Copa do Brasil de 2001 e, dali em diante, conquista de dois campeonatos gaúchos e um título da Série B, um mero acesso para retornar à elite, que era obrigação.
Observem essa lista de jogadores: Carini e Recoba (uruguaios de seleção), Gilberto (lateral esquerdo, que regressaria), Marcelinho Paraíba (outro que regressaria), Rafael Sóbis, Jorge Wagner e Fábio Rochemback. No início deste ano ainda cogitaram-se os nomes de Washington e do argentino Verón. Mais recentemente, o treinador Paulo Autuori e o meia Renato. Pergunto: quem dessa turma desembarcou para trabalhar no Grêmio? Ninguém. Quase esse, quase aquele... Imaginem um time com vários desses nomes sendo treinado por Paulo Autuori. Mas... Quase.
Entendo o esforço que os dirigentes fazem para manter um clube como o Grêmio e, pelos recentes planteis que foram montados (nem tanto por incompetência, mas por falta de recursos), podemos dizer que o clube foi longe demais em algumas competições, principalmente na Libertadores 2007 e no Brasileirão de 2008, finalizando ambas como vice.
Ainda poderão chegar Paulo Autuori e o meia Renato. Já será um começo, mas a torcida já não aguenta mais escutar possível contratação de jogador para lotar aeroporto e, em seguida, quem desembarca são jogadores de qualidades duvidosas.
Para deixar de ser o TQFC, a direção vai precisar incrementar maior qualidade em vários setores da equipe. De modo geral, o grupo de jogadores deixa a desejar. Hoje, o tricolor tem a melhor campanha da Libertadores por pontos, mas nenhum de seus primeiros adversários serve de parâmetro para as fases seguintes, que serão duras.
TQFC significa “Time do Quase Futebol Clube”. Estou falando (ou escrevendo) sobre a atual década do Grêmio. Não me refiro a tradição, torcida e grandeza, até por que isso a história jamais apagará. Desde a infeliz parceria com a falida ISL, o clube nunca mais foi o mesmo. Somou-se a isso a saída de Ronaldinho, que poderia ter deixado os cofres do clube cheio de dólares até hoje. Resumo da década até o momento: título da Copa do Brasil de 2001 e, dali em diante, conquista de dois campeonatos gaúchos e um título da Série B, um mero acesso para retornar à elite, que era obrigação.
Observem essa lista de jogadores: Carini e Recoba (uruguaios de seleção), Gilberto (lateral esquerdo, que regressaria), Marcelinho Paraíba (outro que regressaria), Rafael Sóbis, Jorge Wagner e Fábio Rochemback. No início deste ano ainda cogitaram-se os nomes de Washington e do argentino Verón. Mais recentemente, o treinador Paulo Autuori e o meia Renato. Pergunto: quem dessa turma desembarcou para trabalhar no Grêmio? Ninguém. Quase esse, quase aquele... Imaginem um time com vários desses nomes sendo treinado por Paulo Autuori. Mas... Quase.
Entendo o esforço que os dirigentes fazem para manter um clube como o Grêmio e, pelos recentes planteis que foram montados (nem tanto por incompetência, mas por falta de recursos), podemos dizer que o clube foi longe demais em algumas competições, principalmente na Libertadores 2007 e no Brasileirão de 2008, finalizando ambas como vice.
Ainda poderão chegar Paulo Autuori e o meia Renato. Já será um começo, mas a torcida já não aguenta mais escutar possível contratação de jogador para lotar aeroporto e, em seguida, quem desembarca são jogadores de qualidades duvidosas.
Para deixar de ser o TQFC, a direção vai precisar incrementar maior qualidade em vários setores da equipe. De modo geral, o grupo de jogadores deixa a desejar. Hoje, o tricolor tem a melhor campanha da Libertadores por pontos, mas nenhum de seus primeiros adversários serve de parâmetro para as fases seguintes, que serão duras.
Incontestável
Alguém acredita que o Caxias possa segurar o Inter em um Beira-Rio lotado neste domingo?
Não é a questão de contar o jogo jogado, mas pela incontestável campanha em todo o Gauchão, não há a menor hipótese de que o Inter tropece e perca o título do segundo turno, o qual automaticamente garantirá ao clube o título invicto do Gauchão.
A campanha do Caxias nesta fase foi digna de elogios, mas o clube chegou ao seu limite. A menos que a zebra resolva aparecer, é claro...
Não é a questão de contar o jogo jogado, mas pela incontestável campanha em todo o Gauchão, não há a menor hipótese de que o Inter tropece e perca o título do segundo turno, o qual automaticamente garantirá ao clube o título invicto do Gauchão.
A campanha do Caxias nesta fase foi digna de elogios, mas o clube chegou ao seu limite. A menos que a zebra resolva aparecer, é claro...
Superioridade
É nítida a superioridade dos times ingleses na Uefa Champions League. Dos quatro semifinalistas, Chelsea, Manchester United e Arsenal são da “terra da rainha”.
Depois da tragédia com 96 mortos e 730 feridos em Sheffield, em 1989, os ingleses deram a volta por cima e hoje possuem a maior liga de futebol do mundo. Com planejamento, organização e, mais do que tudo, regras rígidas, as coisas sempre funcionam.
Fica o exemplo.
Depois da tragédia com 96 mortos e 730 feridos em Sheffield, em 1989, os ingleses deram a volta por cima e hoje possuem a maior liga de futebol do mundo. Com planejamento, organização e, mais do que tudo, regras rígidas, as coisas sempre funcionam.
Fica o exemplo.
08 abril 2009
Maluquices
– Doutor, como faço para ficar maluco?
– Como assim?
– Isso mesmo. Preciso ficar maluco. Quais os passos?
– Meu amigo, não posso ajudá-lo a ficar maluco. Pelo contrário, minha função é ajudar as pessoas a resolverem seus problemas de saúde.
– Então quem pode me ajudar a ficar maluco?
– Não entendo por que você me faz essa pergunta, mas a maluquice se origina quando o estado emocional de uma pessoa se perturba aos poucos, ao natural, e quando menos percebe a pessoa está com sua mente alienada e precisa de ajuda. Mas por que você quer ficar maluco?
– Por que o Grêmio tinha um treinador maluco, o qual ganhava mais de R$ 200 mil por mês. Ou seja, se eu ficar maluco, muito em breve serei milionário...
Deixando a brincadeira de lado e sem intenção alguma de ofender alguém com a brincadeira acima, é óbvio que a demissão de Celso Roth não se deu pela derrota no último Gre-Nal – até por que o time foi melhor que o Inter –, mas sim por uma série de fatores que já vinham se acumulando, como perder todos os clássicos do ano, sair prematuramente do Gauchão e ainda achar tempo para menosprezar o Inter nas entrevistas, como se estivesse sendo superior apesar de tudo o que estava acontecendo, algo que, todos vimos, não era bem assim.
Mas a culpa de tudo o que acontecia não era apenas do treinador. A direção, não se sabe se por convicção ou por medo de não se contradizer diante do torcedor, bancou Roth por um longo tempo e a cada dia a situação ficava mais insustentável. Além disso, o plantel do Grêmio precisa de maior qualidade, principalmente se o time quiser ganhar a Libertadores, já que de tanto se falar em “prioridade”, o torcedor não vai se contentar com pouca coisa a partir de agora.
– Como assim?
– Isso mesmo. Preciso ficar maluco. Quais os passos?
– Meu amigo, não posso ajudá-lo a ficar maluco. Pelo contrário, minha função é ajudar as pessoas a resolverem seus problemas de saúde.
– Então quem pode me ajudar a ficar maluco?
– Não entendo por que você me faz essa pergunta, mas a maluquice se origina quando o estado emocional de uma pessoa se perturba aos poucos, ao natural, e quando menos percebe a pessoa está com sua mente alienada e precisa de ajuda. Mas por que você quer ficar maluco?
– Por que o Grêmio tinha um treinador maluco, o qual ganhava mais de R$ 200 mil por mês. Ou seja, se eu ficar maluco, muito em breve serei milionário...
Deixando a brincadeira de lado e sem intenção alguma de ofender alguém com a brincadeira acima, é óbvio que a demissão de Celso Roth não se deu pela derrota no último Gre-Nal – até por que o time foi melhor que o Inter –, mas sim por uma série de fatores que já vinham se acumulando, como perder todos os clássicos do ano, sair prematuramente do Gauchão e ainda achar tempo para menosprezar o Inter nas entrevistas, como se estivesse sendo superior apesar de tudo o que estava acontecendo, algo que, todos vimos, não era bem assim.
Mas a culpa de tudo o que acontecia não era apenas do treinador. A direção, não se sabe se por convicção ou por medo de não se contradizer diante do torcedor, bancou Roth por um longo tempo e a cada dia a situação ficava mais insustentável. Além disso, o plantel do Grêmio precisa de maior qualidade, principalmente se o time quiser ganhar a Libertadores, já que de tanto se falar em “prioridade”, o torcedor não vai se contentar com pouca coisa a partir de agora.
03 abril 2009
Você chegará aos 100 anos?
O que você planeja estar fazendo quando completar 100 anos de idade? Era só o que faltava você pensar que não pretende chegar a um centenário de vida.
Já estou enxergando-me lá na frente. Forte, sadio, corado e, pasmem, não irei perder nenhum fio de cabelo. Até por que já não terei mais nenhum fio de cabelo quando completar meus 100 anos. Vou ter vários compromissos diários, como trabalhar normalmente pelo menos oito horas por dia, fazer algumas caminhadas ao cair da tarde, além de continuar a jogar meu futebolzinho (falo no sentido carinhoso e não na qualidade de futebol) pelo menos umas duas vezes por semana. Só não vou poder dizer que terei várias namoradas pelo simples motivo de pensar em estar junto com minha esposa, é claro. Tudo continuará normal na minha vida.
Conheço um senhor que diz que não deseja viver até seus 100 anos. Por que para isso, não poderá comer e beber o que deseja, além de que terá de eliminar a gula em sua vida. Disse que vai comer e beber o que bem entender e, assim, viverá “apenas” até seus 99 anos. Pois é...
Não é qualquer um que chega a incríveis 100 anos. Pessoas , entidades, clubes de futebol... Aqui em nossos pagos, já observamos o Grêmio, em 2003, completar seu primeiro século de vida. Hoje, peço licença ao torcedor tricolor para prestar uma pequena homenagem a todos os colorados por esse 04 de abril de 2009, data em que o Inter completa seu centenário, um centenário cheio de alegrias, tristezas, decepções e orgulho...
Respeitados em todo o mundo, temos duas grandes agremiações aqui no Rio Grande do Sul, ambas com 100 anos “nas costas” e com suas salas de troféus repletas de canecos dos mais importantes da história do futebol mundial. Especialmente hoje, parabéns a todos os colorados “campeões de tudo” pelo seu primeiro século de vida.
Já estou enxergando-me lá na frente. Forte, sadio, corado e, pasmem, não irei perder nenhum fio de cabelo. Até por que já não terei mais nenhum fio de cabelo quando completar meus 100 anos. Vou ter vários compromissos diários, como trabalhar normalmente pelo menos oito horas por dia, fazer algumas caminhadas ao cair da tarde, além de continuar a jogar meu futebolzinho (falo no sentido carinhoso e não na qualidade de futebol) pelo menos umas duas vezes por semana. Só não vou poder dizer que terei várias namoradas pelo simples motivo de pensar em estar junto com minha esposa, é claro. Tudo continuará normal na minha vida.
Conheço um senhor que diz que não deseja viver até seus 100 anos. Por que para isso, não poderá comer e beber o que deseja, além de que terá de eliminar a gula em sua vida. Disse que vai comer e beber o que bem entender e, assim, viverá “apenas” até seus 99 anos. Pois é...
Não é qualquer um que chega a incríveis 100 anos. Pessoas , entidades, clubes de futebol... Aqui em nossos pagos, já observamos o Grêmio, em 2003, completar seu primeiro século de vida. Hoje, peço licença ao torcedor tricolor para prestar uma pequena homenagem a todos os colorados por esse 04 de abril de 2009, data em que o Inter completa seu centenário, um centenário cheio de alegrias, tristezas, decepções e orgulho...
Respeitados em todo o mundo, temos duas grandes agremiações aqui no Rio Grande do Sul, ambas com 100 anos “nas costas” e com suas salas de troféus repletas de canecos dos mais importantes da história do futebol mundial. Especialmente hoje, parabéns a todos os colorados “campeões de tudo” pelo seu primeiro século de vida.
Clássico dos 100 anos
Alguém imaginaria que justamente um dia após o aniversário de 100 anos do Inter tivéssemos um clássico decisivo no Beira-Rio?
O que acontecerá? Festa completa pelo lado vermelho ou “água no chope” dos aniversariantes? Saberemos a resposta neste domingo.
E é sempre bom lembrar que em Gre-Nal jamais existe favorito.
O que acontecerá? Festa completa pelo lado vermelho ou “água no chope” dos aniversariantes? Saberemos a resposta neste domingo.
E é sempre bom lembrar que em Gre-Nal jamais existe favorito.
Pressão nos dois lados
O Gre-Nal deste domingo definirá muita coisa no Gauchão.
Uma vitória colorada deverá dar o título com antecedência aos vermelhos, enquanto que uma vitória gremista colocará fogo no campeonato, já que os azuis se motivarão e crescerão, possivelmente devendo ser os campeões da fase, se credenciando, totalmente motivados, a decidir o título com o mesmo Inter.
A pressão está literalmente nos dois lados, já que o Inter poderá perder que mesmo assim já estará garantido na final, ao mesmo tempo em que ser derrotado em um clássico um dia após seu aniversário de 100 anos seria desastroso. Ao Grêmio, a pressão concentra-se em vencer para continuar com chances de chegar à final, ou perder e sair definitivamente da competição.
Uma vitória colorada deverá dar o título com antecedência aos vermelhos, enquanto que uma vitória gremista colocará fogo no campeonato, já que os azuis se motivarão e crescerão, possivelmente devendo ser os campeões da fase, se credenciando, totalmente motivados, a decidir o título com o mesmo Inter.
A pressão está literalmente nos dois lados, já que o Inter poderá perder que mesmo assim já estará garantido na final, ao mesmo tempo em que ser derrotado em um clássico um dia após seu aniversário de 100 anos seria desastroso. Ao Grêmio, a pressão concentra-se em vencer para continuar com chances de chegar à final, ou perder e sair definitivamente da competição.
Planejamento?
Escutamos dirigentes e treinadores citarem tanto a palavra “planejamento” que às vezes não temos certeza se eles realmente sabem o que isso significa.
Por que o Grêmio não atuou com os titulares diante do Caxias para, possivelmente classificado em primeiro no seu grupo, poder jogar com time misto contra um adversário teoricamente mais fácil no final de semana pelo Gauchão (e em casa) e se preparar tranquilamente para enfrentar o Aurora, pela Libertadores, na terça?
Agora, a “prioridade” passa a ser duas: ganhar clássico fora de casa e ganhar jogo de Libertadores no Olímpico contra um adversário de qualidade quase zero.
Por que o Grêmio não atuou com os titulares diante do Caxias para, possivelmente classificado em primeiro no seu grupo, poder jogar com time misto contra um adversário teoricamente mais fácil no final de semana pelo Gauchão (e em casa) e se preparar tranquilamente para enfrentar o Aurora, pela Libertadores, na terça?
Agora, a “prioridade” passa a ser duas: ganhar clássico fora de casa e ganhar jogo de Libertadores no Olímpico contra um adversário de qualidade quase zero.
Pouco público
O público apenas razoável no jogo do Brasil se deu a um conjunto de fatores como ingressos caros, adversário que não empolgava e pouca confiança dos torcedores para com a Seleção depois da partida diante do Equador.
Além disso, o horário de início, 22h10, não era nada animador para quem teria que acordar cedo no dia seguinte. Com todos os patrocínios que a CBF recebe, dinheiro não é o problema.
Por que não facilitar para o povo, que já tem que aturar um horário de boate, deixando os preços dos ingressos mais acessíveis para vermos os estádios lotados?
Além disso, o horário de início, 22h10, não era nada animador para quem teria que acordar cedo no dia seguinte. Com todos os patrocínios que a CBF recebe, dinheiro não é o problema.
Por que não facilitar para o povo, que já tem que aturar um horário de boate, deixando os preços dos ingressos mais acessíveis para vermos os estádios lotados?
26 março 2009
Confiança e respeito
Eram jogados 36 minutos do segundo tempo. Até ali, o Brasil aplicava um banho de bola diante da Argentina. Abusamos – mas abusamos mesmo – de perder gols, cansamos de fazer belas jogadas que não acabaram em bola na rede e, em um fatídico lance, Maradona deixou Caniggia na cara de Taffarel para, com calma, driblar nosso goleiro e decretar 1 a 0 para eles. Nem precisaria lembrar o que todos sabemos: oitavas-de-final da Copa do Mundo da Itália, em 1990.
Depois daquela precoce eliminação, apenas uma pessoa foi culpada, massacrada e injustiçada: Dunga. Recordo-me de quase tudo daquele jogo. Os que injustiçaram somente Dunga não lembraram que, no lance do gol, além do volante, também Alemão e Ricardo Gomes poderiam ter “matado” a jogada de Maradona. Também não lembraram que, aos 42 do segundo tempo, somente com o goleiro à sua frente, Muller deu um chute bisonho para fora, deixando de empatar o jogo. Essa mesma turma também não lembrou que no banco de reservas havia um treinador fraco chamado Sebastião Lazaroni. E, assim, aquela geração ficou batizada como a “Era Dunga”.
O tempo, sabemos, é o senhor da razão. Além disso, também sabemos, o mundo dá voltas. Quem um dia não prestou acabou adquirindo o respeito de todos. Quem daqueles que só faltou apedrejar Dunga imaginava que, quatro anos mais tarde, o volante, como capitão da Seleção, levantaria a taça de campeão do mundo? Pois é...
Nesta semana, numa entrevista sincera e emocionante, Dunga comentou sobre a Seleção atual, soltou para fora tudo o que havia passado no futebol e, na parte mais tocante, se rendeu ao coração. Disse que jamais iria fraquejar diante de qualquer tipo de pressão no cargo e na vida e que se espelha muito em sua mãe, que está diariamente ao lado de seu pai, o qual há oito anos sofre de Alzheimer. Para Dunga, nenhuma pressão é maior do que a pressão que sua mãe sofre. E aguenta.
Dunga pode não ser o treinador dos sonhos dos brasileiros apaixonados pela Seleção. Posso ser bairrista, mas boa parte dessa rejeição se dá pelo fato de Dunga ser gaúcho, até por que seus resultados são convincentes: ganhamos a Copa América jogando desfalcados e goleamos a completa Argentina, a qual, anteriormente em amistoso, também goleamos. Nas atuais Eliminatórias estamos em segundo lugar, apenas atrás do Paraguai. Vencemos dois amistosos importantes recentemente, quando goleamos Portugal e nos impusemos diante da Itália, atual campeã mundial. E no futebol o que importa são os resultados. O resto é marketing.
Dunga merece nossa confiança e, mais do que tudo, nosso respeito. Mesmo que não se concorde com sua pessoa em um dos cargos mais cobiçados do mundo do futebol, devemos apoiá-lo, pois, é sempre bom lembrar, estamos todos no mesmo time.
Depois daquela precoce eliminação, apenas uma pessoa foi culpada, massacrada e injustiçada: Dunga. Recordo-me de quase tudo daquele jogo. Os que injustiçaram somente Dunga não lembraram que, no lance do gol, além do volante, também Alemão e Ricardo Gomes poderiam ter “matado” a jogada de Maradona. Também não lembraram que, aos 42 do segundo tempo, somente com o goleiro à sua frente, Muller deu um chute bisonho para fora, deixando de empatar o jogo. Essa mesma turma também não lembrou que no banco de reservas havia um treinador fraco chamado Sebastião Lazaroni. E, assim, aquela geração ficou batizada como a “Era Dunga”.
O tempo, sabemos, é o senhor da razão. Além disso, também sabemos, o mundo dá voltas. Quem um dia não prestou acabou adquirindo o respeito de todos. Quem daqueles que só faltou apedrejar Dunga imaginava que, quatro anos mais tarde, o volante, como capitão da Seleção, levantaria a taça de campeão do mundo? Pois é...
Nesta semana, numa entrevista sincera e emocionante, Dunga comentou sobre a Seleção atual, soltou para fora tudo o que havia passado no futebol e, na parte mais tocante, se rendeu ao coração. Disse que jamais iria fraquejar diante de qualquer tipo de pressão no cargo e na vida e que se espelha muito em sua mãe, que está diariamente ao lado de seu pai, o qual há oito anos sofre de Alzheimer. Para Dunga, nenhuma pressão é maior do que a pressão que sua mãe sofre. E aguenta.
Dunga pode não ser o treinador dos sonhos dos brasileiros apaixonados pela Seleção. Posso ser bairrista, mas boa parte dessa rejeição se dá pelo fato de Dunga ser gaúcho, até por que seus resultados são convincentes: ganhamos a Copa América jogando desfalcados e goleamos a completa Argentina, a qual, anteriormente em amistoso, também goleamos. Nas atuais Eliminatórias estamos em segundo lugar, apenas atrás do Paraguai. Vencemos dois amistosos importantes recentemente, quando goleamos Portugal e nos impusemos diante da Itália, atual campeã mundial. E no futebol o que importa são os resultados. O resto é marketing.
Dunga merece nossa confiança e, mais do que tudo, nosso respeito. Mesmo que não se concorde com sua pessoa em um dos cargos mais cobiçados do mundo do futebol, devemos apoiá-lo, pois, é sempre bom lembrar, estamos todos no mesmo time.
23 março 2009
Ainda a Premiere League
Era prevista a vitória do Liverpool no Anfield diante do Aston Villa, mas a goleada animou ainda mais os torcedores dos Reds na "caça" ao Manchester United.
Apesar de o Manchester ainda ter um jogo a menos, o time da terra dos Beatles encostou no líder e pôs mais emoção à competição.
E, repetindo o que já fora citado antes, quem ganha com tudo isso somos nós, apaixonados pela maior liga de futebol do mundo.
21 março 2009
Premiere League emocionante
O Manchester United foi derrotado pelo Fulham, fora de casa, por 2 a 0. Não jogou bem. Aliás, a pouca parte do jogo que esteve melhor que o adversário, parou no goleiro Schwarzer.
O Chelsea, que poderia aproveitar a derrapada do rival e encostar no líder, também foi derrotado fora de casa, pelo Tottenham, por 1 a 0.
As emoções da rodada ainda não terminaram. Amanhã, dentro de casa, os Reds enfrentam o Aston Villa e, se vencer, ficará a apenas um ponto do Manchester, que ainda possui uma partida a menos por motivo do Mundial de Clubes, em dezembro passado.
Quem ganha com tudo isso é quem aprecia a Premiere League, que vê a competição se aproximar da reta final repleta de emoções.
Classificação atual, após os jogos deste sábado:
1- Manchester United ........... 65 p - 29 j
2- Chelsea......................... 61 p - 30 j
3- Liverpool (joga amanhã)...... 61 p - 29 j
Minha nova aquisição
Simpatizante do Liverpool há muito tempo (não me perguntem o porquê, mas muito provavelmente por causa dos Beatles), comprei hoje a camisa oficial do time.
Já que meu Real Madrid foi eliminado da Uefa Champions League, por coincidência pelo próprio Liverpool, ficará aos Reds minha torcida de agora em diante.
Na foto acima, o presente que eu mesmo me dei.
20 março 2009
Tampinhas nos joelhos
Agradeço a Deus por não vivido no tempo em que os castigos para quem aprontava dentro de uma sala de aula eram ficar ajoelhados diante de duas assustadoras tampas de garrafas, com suas “garras” apontadas para cima, loucamente ansiosas para saciar sua fome de maldade nos pequenos pedaços de carnes e ossos que ali iriam ser apertados por algum tempo.
Fico imaginando toda a cena: a criança cometia alguma desobediência como brigar com um colega, ofender um professor, quebrar alguma vidraça ou azucrinar dentro da sala e lá estavam as tampinhas esperando para a vingança.
Não sei se aquele tempo era bom, até por que não podemos dizer que “estacionar” os preciosos joelhos diante de duas poderosas tampas de garrafas possa ser considerado bom, mas a grande verdade é que quem passou por isso acabou trazendo a lição para o resto de sua vida e, possivelmente na época, ou parou de aprontar, ou aprontou menos. A intensidade da dor das marcas das tampas nos joelhos e a humilhação diante de todos é que iria medir isso.
A tendência é que Taison terá um futuro excelente no futebol. Porém, ele merecia ficar uns dez minutos ajoelhado em duas tampinhas de garrafas pela má atitude do último jogo do Inter. O jogador saiu chutando o balde, dizendo-se “bravo”. Depois que todos notaram sobre o quê se referia seu sangue quente, tentou se retratar publicamente, provavelmente advertido no vestiário. Taison está recém começando sua carreira, mas ainda não ganhou praticamente nada no futebol e, mesmo que fosse um craque consagrado, deveria respeitar treinador, companheiros, enfim. Mas Taison é um bom menino. Talvez duas tampinhas resolvessem rapidinho essa questão, a qual já foi superada e não gerou crise.
Em outro exemplo, depois de duramente criticado por todos, Celso Roth parou de usar seu esquema maluco de 3-6-1, além de ter dado um tempo em diversas mudanças de esquema em meio às partidas. O Grêmio voltou a vencer e, dentro da maior normalidade, vai encaminhando sua classificação para os mata-matas do segundo turno do Gauchão.
Nos dois casos, Taison precisa se ajoelhar nas tampinhas e Roth muito provavelmente fez isso dias atrás. Assim, ambos aprendem as lições e quem ganha são os torcedores de Inter e Grêmio. Ruim mesmo ficaria para as tampinhas, que perderiam dois clientes.
Fico imaginando toda a cena: a criança cometia alguma desobediência como brigar com um colega, ofender um professor, quebrar alguma vidraça ou azucrinar dentro da sala e lá estavam as tampinhas esperando para a vingança.
Não sei se aquele tempo era bom, até por que não podemos dizer que “estacionar” os preciosos joelhos diante de duas poderosas tampas de garrafas possa ser considerado bom, mas a grande verdade é que quem passou por isso acabou trazendo a lição para o resto de sua vida e, possivelmente na época, ou parou de aprontar, ou aprontou menos. A intensidade da dor das marcas das tampas nos joelhos e a humilhação diante de todos é que iria medir isso.
A tendência é que Taison terá um futuro excelente no futebol. Porém, ele merecia ficar uns dez minutos ajoelhado em duas tampinhas de garrafas pela má atitude do último jogo do Inter. O jogador saiu chutando o balde, dizendo-se “bravo”. Depois que todos notaram sobre o quê se referia seu sangue quente, tentou se retratar publicamente, provavelmente advertido no vestiário. Taison está recém começando sua carreira, mas ainda não ganhou praticamente nada no futebol e, mesmo que fosse um craque consagrado, deveria respeitar treinador, companheiros, enfim. Mas Taison é um bom menino. Talvez duas tampinhas resolvessem rapidinho essa questão, a qual já foi superada e não gerou crise.
Em outro exemplo, depois de duramente criticado por todos, Celso Roth parou de usar seu esquema maluco de 3-6-1, além de ter dado um tempo em diversas mudanças de esquema em meio às partidas. O Grêmio voltou a vencer e, dentro da maior normalidade, vai encaminhando sua classificação para os mata-matas do segundo turno do Gauchão.
Nos dois casos, Taison precisa se ajoelhar nas tampinhas e Roth muito provavelmente fez isso dias atrás. Assim, ambos aprendem as lições e quem ganha são os torcedores de Inter e Grêmio. Ruim mesmo ficaria para as tampinhas, que perderiam dois clientes.
15 março 2009
Normal, deu Dupla
Há horas que o mesmo final de semana de Grêmio e Inter não era tão normal como foi este, pelo Gauchão.
O Grêmio, com time misto, venceu tranquilamente o fraco Sapucaiense e voltou a vencer na competição. O time fez o placar cedo e, depois, apenas tratou de administrar o resultado, causando até uns bocejos neste amigo que vos escreve. Aos poucos a "casa vai sendo arrumada" e o Tricolor começa a respirar ares mais leves.
Quanto ao Inter, o placar magro de 1 a 0 não condisse com o que realmente foi o jogo. Apesar da retranca do Inter-SM, o Colorado da Capital criou várias chances - principalmente depois da entrada de Giuliano - e só não goleou devido à excelente atuação do goleiro Goico.
Em resumo, um final de semana tranquilo para os grandes da Capital.
O Grêmio, com time misto, venceu tranquilamente o fraco Sapucaiense e voltou a vencer na competição. O time fez o placar cedo e, depois, apenas tratou de administrar o resultado, causando até uns bocejos neste amigo que vos escreve. Aos poucos a "casa vai sendo arrumada" e o Tricolor começa a respirar ares mais leves.
Quanto ao Inter, o placar magro de 1 a 0 não condisse com o que realmente foi o jogo. Apesar da retranca do Inter-SM, o Colorado da Capital criou várias chances - principalmente depois da entrada de Giuliano - e só não goleou devido à excelente atuação do goleiro Goico.
Em resumo, um final de semana tranquilo para os grandes da Capital.
12 março 2009
E Roth continua
Celso Roth já estava praticamente demitido do comando técnico do Grêmio. Esperava-se apenas uma derrota na Colômbia para que fosse oficializada tal demissão. Pressão externa e cobrança pesada somavam-se a tudo isso e, contrariando as previsões de muita gente, o time atuou muito bem e conquistou uma importantíssima vitória fora de casa pela Libertadores.
Mesmo com apenas duas rodadas, o tricolor começou a encaminhar sua classificação para a próxima fase da competição. A crise, pelo menos por enquanto, acabou sendo abafada e agora o clube precisa se recuperar no Gauchão, pois, mesmo que ele não seja prioridade, não se pode deixar a desejar tanto como vem acontecendo.
Libertadores e Gauchão. Com Roth, que continua.
(Foto: Globoesporte.com)
Clube do povo?
Para o jantar em comemoração ao seu centenário, o Inter está cobrando R$ 200,00 para sócios e R$ 250,00 para não-sócios. Essa atitude elitista foge totalmente das características de “clube do povo”.
É aceitável que seja um jantar marcante, mas o clube também precisa atender seu torcedor mais humilde, aquele que muitas vezes já deixou de comprar comida para ver o time jogar. O momento exige que se pense em todos e não apenas na minoria.
É aceitável que seja um jantar marcante, mas o clube também precisa atender seu torcedor mais humilde, aquele que muitas vezes já deixou de comprar comida para ver o time jogar. O momento exige que se pense em todos e não apenas na minoria.
Torcedores?
Aos gremistas que desejavam que o time perdesse para o Boyacá para que o treinador caísse, sinceramente acho que de gremista mesmo esses torcedores não têm muita coisa.
Uma derrota deixaria o time com pouquíssimas chances de se classificar na competição tão sonhada para a temporada. Agora, com a vitória, o time tem tudo para se classificar entre os melhores pontuadores da primeira fase e garantir seus jogos de volta nos mata-matas dentro de casa.
Chegou a hora de arrumar a casa.
Uma derrota deixaria o time com pouquíssimas chances de se classificar na competição tão sonhada para a temporada. Agora, com a vitória, o time tem tudo para se classificar entre os melhores pontuadores da primeira fase e garantir seus jogos de volta nos mata-matas dentro de casa.
Chegou a hora de arrumar a casa.
09 março 2009
A volta do Fenômeno
Mais uma vez, muitos estavam dando Ronaldo acabado para o futebol. E mais uma vez o jogador tentará mostrar o contrário.
As confusões fora de campo fizeram Ronaldo perder um pouco de seu enorme crédito. Mas a imensa maioria que o aposenta para o futebol sempre fica com um "pé atrás", jamais duvidando de sua capacidade.
O tempo passa para todo mundo, inclusive para Ronaldo. Mesmo ainda fora de seu peso ideal, o jogador mostrou a todos que não desaprendeu em fazer o que mais sabe na vida: fazer gols.
Como será desta vez, em mais um retorno do craque? A interrogação já está no ar. E a partir do gol deste domingo, contra o Palmeiras, vai ter muito comentarista que o consideravam "ex-jogador" revendo seus conceitos...
Foto: Globoesporte.com
05 março 2009
E a cinta "pegou"
Inverno de 1986. Um domingo frio, mas com aquele sol gostoso. E um dia assim, para uma criança como eu, jogar bola com os amigos era a melhor coisa a fazer, já que escurecia cedo e todos os segundos deveriam ser aproveitados em rolar uma bolinha com a turma.
Convidados por amigos um pouco mais velhos, nossa turma entrou em um ônibus que levava a um município vizinho. Lá, eles jogariam contra o time local. Na ânsia por ver nossos amigos jogar, não pensamos duas vezes e nos bandeamos juntos.
Mesmo sem nenhum trocado no bolso, mas esquecendo de tudo por causa do futebol, passamos a tarde no município vizinho. Assistimos ao jogo de nossos amigos e, em seguida, a partida do time adulto. Já era noite quando saímos de lá, rumando de volta para casa, completamente inocentes por não termos pedido autorizações de nossos pais, mas realizados.
Chegando em casa, como vocês já podem estar prevendo, “a cinta pegou”. Tive que assumir pelo ato completamente impulsivo de ter entrado naquele ônibus. E a lição marcou demais para mim, já que a merecida surra e um castigo de alguns dias sem sair de casa fizeram com que eu aprendesse que na vida, após erros grosseiros, seria tolice repeti-los.
Celso Roth usou o esquema 3-6-1 no Gre-Nal de Erechim e, mesmo que o Grêmio tenha jogado melhor, foi derrotado. Mudou para o 3-5-2 diante dos chilenos, pela Libertadores, empatou, mas criou inúmeras situações de gol. No Gre-Nal do último domingo, quando todos (inclusive os próprios jogadores) imaginavam que a ideia de dois atacantes seria mantida, o treinador simplesmente voltou a usar o esquema fracassado, seu time chutou uma única bola em gol durante todo o jogo e sua convicção outra vez foi “engolida” pelo Inter de Tite.
O treinador gremista poderia aprender com os erros, assim como uma criança que tomou uma merecida surra por seu ato incorreto e que não voltou a errar da mesma maneira. Como sabemos, errar é humano, mas insistir no erro é “testar a inteligência”, se é que vocês me entendem...
Convidados por amigos um pouco mais velhos, nossa turma entrou em um ônibus que levava a um município vizinho. Lá, eles jogariam contra o time local. Na ânsia por ver nossos amigos jogar, não pensamos duas vezes e nos bandeamos juntos.
Mesmo sem nenhum trocado no bolso, mas esquecendo de tudo por causa do futebol, passamos a tarde no município vizinho. Assistimos ao jogo de nossos amigos e, em seguida, a partida do time adulto. Já era noite quando saímos de lá, rumando de volta para casa, completamente inocentes por não termos pedido autorizações de nossos pais, mas realizados.
Chegando em casa, como vocês já podem estar prevendo, “a cinta pegou”. Tive que assumir pelo ato completamente impulsivo de ter entrado naquele ônibus. E a lição marcou demais para mim, já que a merecida surra e um castigo de alguns dias sem sair de casa fizeram com que eu aprendesse que na vida, após erros grosseiros, seria tolice repeti-los.
Celso Roth usou o esquema 3-6-1 no Gre-Nal de Erechim e, mesmo que o Grêmio tenha jogado melhor, foi derrotado. Mudou para o 3-5-2 diante dos chilenos, pela Libertadores, empatou, mas criou inúmeras situações de gol. No Gre-Nal do último domingo, quando todos (inclusive os próprios jogadores) imaginavam que a ideia de dois atacantes seria mantida, o treinador simplesmente voltou a usar o esquema fracassado, seu time chutou uma única bola em gol durante todo o jogo e sua convicção outra vez foi “engolida” pelo Inter de Tite.
O treinador gremista poderia aprender com os erros, assim como uma criança que tomou uma merecida surra por seu ato incorreto e que não voltou a errar da mesma maneira. Como sabemos, errar é humano, mas insistir no erro é “testar a inteligência”, se é que vocês me entendem...
26 fevereiro 2009
"Escute" o livro
A novidade agora são os livros para ouvir. Já nem é mais tão recente assim, mas está na moda você poder “ouvir” um livro em CD enquanto dirige o carro, caminha, faz ginástica ou quando bem entender. Apesar de ser algo novo e que já vem conquistando mercado, não sou fã de livros para “ouvir”. Ainda prefiro o modelo antigo, os bons e velhos livros que aprendi a manusear desde meus tempos de pré-escolar com as inesquecíveis histórias infantis.
O livro de papel cabe na mochila, pode ficar na cabeceira da cama, na mesa de centro da sala ou até mesmo embaixo do braço. Ele não precisa estar acompanhado de um CD player, de um notebook ou de carregadores. O livro nos remete ao prazer da leitura e à gostosa sensação de folhear uma página, e mais uma, e outra, até chegar ao seu final.
A FIFA, uma das entidades mais conservadoras do mundo, estuda várias mudanças no futebol. Dentre as principais, cogita-se aumentar o tempo de 15 para 20 minutos nos intervalos dos jogos, aumentar de três para quatro as substituições por partida, além de instituir o cartão azul, fazendo com que o jogador, após ser excluído por alguns minutos, possa voltar ao jogo.
Conservador na questão dos livros, também não concordo com a maioria dessas mudanças. O tempo de intervalo poderia permanecer o mesmo, até por que, se vocês assistirem jogos de argentinos, eles sempre demoram bem mais que os minutos tradicionais e até hoje ninguém os puniu por causa disso. Também não aprovo a inclusão do cartão azul, visto que os critérios dos árbitros serão cada vez mais discutidos, além de que poderá aumentar consideravelmente a violência dentro de campo no momento da aplicação de um cartão vermelho, sendo este mostrado por uma falta bem mais violenta, por exemplo.
Sobre o aumento de substituições, acho interessante, ao mesmo tempo em que há anos sou a favor de dois tempos cronometrados de 30 minutos. Acabaria com as irritantes “matadas de tempo”, simulações de lesões, entre outras artimanhas. Entretanto, a FIFA não cogita mudar o tempo de jogo. Pelo menos não existe nenhuma indicação de que isso venha a ocorrer.
Dizem que, de forma geral, somos resistentes a mudanças, mas o negócio é se adaptar a elas, seja para melhor ou para pior. Pode ser um livro que você “escuta” na hora do almoço, como um cartão de cor diferente no futebol. E viva “la revolución!”.
O livro de papel cabe na mochila, pode ficar na cabeceira da cama, na mesa de centro da sala ou até mesmo embaixo do braço. Ele não precisa estar acompanhado de um CD player, de um notebook ou de carregadores. O livro nos remete ao prazer da leitura e à gostosa sensação de folhear uma página, e mais uma, e outra, até chegar ao seu final.
A FIFA, uma das entidades mais conservadoras do mundo, estuda várias mudanças no futebol. Dentre as principais, cogita-se aumentar o tempo de 15 para 20 minutos nos intervalos dos jogos, aumentar de três para quatro as substituições por partida, além de instituir o cartão azul, fazendo com que o jogador, após ser excluído por alguns minutos, possa voltar ao jogo.
Conservador na questão dos livros, também não concordo com a maioria dessas mudanças. O tempo de intervalo poderia permanecer o mesmo, até por que, se vocês assistirem jogos de argentinos, eles sempre demoram bem mais que os minutos tradicionais e até hoje ninguém os puniu por causa disso. Também não aprovo a inclusão do cartão azul, visto que os critérios dos árbitros serão cada vez mais discutidos, além de que poderá aumentar consideravelmente a violência dentro de campo no momento da aplicação de um cartão vermelho, sendo este mostrado por uma falta bem mais violenta, por exemplo.
Sobre o aumento de substituições, acho interessante, ao mesmo tempo em que há anos sou a favor de dois tempos cronometrados de 30 minutos. Acabaria com as irritantes “matadas de tempo”, simulações de lesões, entre outras artimanhas. Entretanto, a FIFA não cogita mudar o tempo de jogo. Pelo menos não existe nenhuma indicação de que isso venha a ocorrer.
Dizem que, de forma geral, somos resistentes a mudanças, mas o negócio é se adaptar a elas, seja para melhor ou para pior. Pode ser um livro que você “escuta” na hora do almoço, como um cartão de cor diferente no futebol. E viva “la revolución!”.
19 fevereiro 2009
Sete potes de sorvete
Não lembro se já comentei com vocês, mas minha sobremesa predileta é o velho e ótimo sorvete. Não importa o sabor. Aqui, o que vier “morre”. Aliás, dizem que o sorvete foi criado pelos chineses há mais de três mil anos. Fica desde já meu agradecimento a eles.
Queria ter sempre um pote de sorvete na minha geladeira. Não faço isso por alguns motivos, como por exemplo a séria tendência de engordar. Além disso, tudo o que consumimos em excesso acaba se tornando prejudicial à saúde. Portanto, se você é viciado em sorvete com eu, “tire o pé do acelerador” e consuma moderadamente, ok?
Mas supondo que todo o parágrafo acima fosse ignorado, meu sonho de consumo, somado logicamente com minha gula, seria ter um pote de sorvete por dia para consumir. Já pensaram? No domingo um pote de morango, na segunda um pote de chocolate, na terça um bom e azedinho sorvete de maracujá e assim por diante. Que maravilha seria...
Estamos em 2009, ano do centenário do Inter e automaticamente do clássico Gre-Nal. Nada melhor do que homenagear um dos maiores clássicos de futebol do mundo com possíveis sete encontros. E de tão especial, até o interior do estado já foi premiado com uma partida. Ainda poderão ocorrer mais quatro jogos pelo atual Gauchão (um em cada mata-mata de fase, além de mais dois na grande final da competição). Somando-se a esses cinco, os dois que serão realizados no Brasileirão, sendo que um deles está marcado para o final de semana em que o clássico completa seu centenário. Exatamente “na bucha”.
Será excepcional se tivermos sete confrontos entre Grêmio e Inter na temporada em que o clássico comemora cem anos. A belíssima mistura das quatro cores dentro das quatro linhas e as paixões de duas torcidas enlouquecidas pelo sucesso de seu time juntamente com o fracasso do rival merecem tudo isso. E que tal um pote de sorvete para cada jogo que será acompanhado?
Queria ter sempre um pote de sorvete na minha geladeira. Não faço isso por alguns motivos, como por exemplo a séria tendência de engordar. Além disso, tudo o que consumimos em excesso acaba se tornando prejudicial à saúde. Portanto, se você é viciado em sorvete com eu, “tire o pé do acelerador” e consuma moderadamente, ok?
Mas supondo que todo o parágrafo acima fosse ignorado, meu sonho de consumo, somado logicamente com minha gula, seria ter um pote de sorvete por dia para consumir. Já pensaram? No domingo um pote de morango, na segunda um pote de chocolate, na terça um bom e azedinho sorvete de maracujá e assim por diante. Que maravilha seria...
Estamos em 2009, ano do centenário do Inter e automaticamente do clássico Gre-Nal. Nada melhor do que homenagear um dos maiores clássicos de futebol do mundo com possíveis sete encontros. E de tão especial, até o interior do estado já foi premiado com uma partida. Ainda poderão ocorrer mais quatro jogos pelo atual Gauchão (um em cada mata-mata de fase, além de mais dois na grande final da competição). Somando-se a esses cinco, os dois que serão realizados no Brasileirão, sendo que um deles está marcado para o final de semana em que o clássico completa seu centenário. Exatamente “na bucha”.
Será excepcional se tivermos sete confrontos entre Grêmio e Inter na temporada em que o clássico comemora cem anos. A belíssima mistura das quatro cores dentro das quatro linhas e as paixões de duas torcidas enlouquecidas pelo sucesso de seu time juntamente com o fracasso do rival merecem tudo isso. E que tal um pote de sorvete para cada jogo que será acompanhado?
Desorganização
Caso for passando nos mata-matas até chegar na decisão da primeira fase do Gauchão, algo muito provável, é inadmissível que o Grêmio tenha que jogar quatro partidas em oito dias, três pelo Estadual e uma pela Libertadores.
Será que ninguém na Federação Gaúcha de Futebol lembrou disso quando formulou a tabela da competição? E não é por que esteja dando prioridade para a Libertadores que o clube não queira ser campeão gaúcho.
Lamentável essa desorganização de datas.
Será que ninguém na Federação Gaúcha de Futebol lembrou disso quando formulou a tabela da competição? E não é por que esteja dando prioridade para a Libertadores que o clube não queira ser campeão gaúcho.
Lamentável essa desorganização de datas.
Vexame
Nem o torcedor mais fanático do União, de Rondonópolis, esperava tamanha façanha de seu time diante do Inter, ontem.
A pífia estreia colorada na Copa do Brasil tem justificativa, sim. Após o jogo não teve nenhum dirigente ou jogador que teve coragem de dizer o que todo mundo viu: falta geral de atitude para jogar bola e menosprezo ao adversário.
E para quem disse que foi tirada uma bela lição e que a derrota aconteceu no momento certo, não concordo, já que se compararmos a estrutura dos dois clubes, folha de pagamento e nível técnico dos jogadores, em hipótese alguma é tolerável perder para um time como o União.
A pífia estreia colorada na Copa do Brasil tem justificativa, sim. Após o jogo não teve nenhum dirigente ou jogador que teve coragem de dizer o que todo mundo viu: falta geral de atitude para jogar bola e menosprezo ao adversário.
E para quem disse que foi tirada uma bela lição e que a derrota aconteceu no momento certo, não concordo, já que se compararmos a estrutura dos dois clubes, folha de pagamento e nível técnico dos jogadores, em hipótese alguma é tolerável perder para um time como o União.
16 fevereiro 2009
Ano de Centenário
Estamos no ano do centenário do Inter. É época que se deixa a torcida eufórica com milhões de possibilidades de tudo e, na hipótese das coisas não andarem bem, a crise entra rasgando.
Dos clubes brasileiros, o único que realmente teve sucesso em seu centenário foi o Vasco, que conquistou a Libertadores em 1998. Lembram do “melhor ataque do mundo” do Flamengo, em 1995, com Sávio, Romário e Edmundo? O clube trabalhou em um marketing de primeiro mundo e, dentro de campo, onde as coisas precisavam acontecer, nada.
E o Grêmio, em 2003? Depois de ser eliminado nas semifinais da Libertadores, caiu bruscamente no Brasileirão e só foi conseguir se livrar do rebaixamento na última rodada. Os reflexos desta péssima campanha foram nítidos no ano seguinte e, totalmente desestruturado e com um planejamento pífio, acabou sendo rebaixado. Até mesmo o marketing do Tricolor foi fraco no ano de seu centenário. Os torcedores mereciam bem mais do que efetivamente ocorreu.
O caso mais recente de fracasso no ano do centenário foi do Atlético-MG, em 2008. Falta de dinheiro e de planejamento somaram-se a uma má administração e o time, além de ser goleado pelo maior rival na final do campeonato estadual, perdeu os dois clássicos no Brasileirão, teve seu presidente renunciando ao cargo por sofrer ameaças de morte e o clube acabou se contentando com uma posição medíocre no Brasileirão.
A direção do Inter tem algumas vantagens para não errar em um ano que todos consideram especial: possui planejamento e estrutura, o marketing trabalha a dois anos visando aproveitar da melhor maneira todos os instantes dessa comemoração e, principalmente, pode olhar para trás para não repetir os erros de vários clubes, que estiveram afoitos ao querer abraçar a tudo, quando se pode priorizar uma competição importante (exemplo, o Brasileirão), fechando o ano com uma conquista “pesada”.
O centenário, exceto o marketing, é um ano futebolístico como qualquer outro. Não se pode fazer com que os torcedores criem ilusões, achando que um ano considerado especial será 100% positivo, até por que os adversários vão querer ser as “ovelhas negras” de tanta festa. A história de quem chorou ao invés de comemorar fala por si. O primeiro passo para um ano assim é evitar frustrações para a torcida. Quanto menos promessas, melhor.
Dos clubes brasileiros, o único que realmente teve sucesso em seu centenário foi o Vasco, que conquistou a Libertadores em 1998. Lembram do “melhor ataque do mundo” do Flamengo, em 1995, com Sávio, Romário e Edmundo? O clube trabalhou em um marketing de primeiro mundo e, dentro de campo, onde as coisas precisavam acontecer, nada.
E o Grêmio, em 2003? Depois de ser eliminado nas semifinais da Libertadores, caiu bruscamente no Brasileirão e só foi conseguir se livrar do rebaixamento na última rodada. Os reflexos desta péssima campanha foram nítidos no ano seguinte e, totalmente desestruturado e com um planejamento pífio, acabou sendo rebaixado. Até mesmo o marketing do Tricolor foi fraco no ano de seu centenário. Os torcedores mereciam bem mais do que efetivamente ocorreu.
O caso mais recente de fracasso no ano do centenário foi do Atlético-MG, em 2008. Falta de dinheiro e de planejamento somaram-se a uma má administração e o time, além de ser goleado pelo maior rival na final do campeonato estadual, perdeu os dois clássicos no Brasileirão, teve seu presidente renunciando ao cargo por sofrer ameaças de morte e o clube acabou se contentando com uma posição medíocre no Brasileirão.
A direção do Inter tem algumas vantagens para não errar em um ano que todos consideram especial: possui planejamento e estrutura, o marketing trabalha a dois anos visando aproveitar da melhor maneira todos os instantes dessa comemoração e, principalmente, pode olhar para trás para não repetir os erros de vários clubes, que estiveram afoitos ao querer abraçar a tudo, quando se pode priorizar uma competição importante (exemplo, o Brasileirão), fechando o ano com uma conquista “pesada”.
O centenário, exceto o marketing, é um ano futebolístico como qualquer outro. Não se pode fazer com que os torcedores criem ilusões, achando que um ano considerado especial será 100% positivo, até por que os adversários vão querer ser as “ovelhas negras” de tanta festa. A história de quem chorou ao invés de comemorar fala por si. O primeiro passo para um ano assim é evitar frustrações para a torcida. Quanto menos promessas, melhor.
12 fevereiro 2009
Jogos de luxo
Finalmente começamos a assistir jogos de luxo entre seleções, como os que ocorreram durante a semana.
Brasil e Itália, França e Argentina, Espanha e Inglaterra, enfim. Chega de amistosos contra seleções inexpressivas.
O que queremos ver mesmo é “briga de cachorro grande”.
Brasil e Itália, França e Argentina, Espanha e Inglaterra, enfim. Chega de amistosos contra seleções inexpressivas.
O que queremos ver mesmo é “briga de cachorro grande”.
Noites perfeitas
Na terça-feira pela manhã perguntei para minha esposa sobre como seria uma noite perfeita para ela. A resposta veio em duas partes: a primeira, um cruzeiro em alto-mar com um show do Roberto Carlos; a segunda, um bom chocolate quente ao lado de uma lareira no inverno da serra gaúcha. Em ambas as opções, disse ela, em minha companhia. Menos mal...
Falei para ela que nas próximas três noites eu teria meus momentos perfeitos. Sua resposta, certeira, por sinal, veio com três palavras: futebol na TV.
Na terça-feira iniciei a programação perfeita com o amistoso entre Brasil e Itália. Logo depois, acompanhei duas partidas em sequência pela Libertadores, entre elas o confronto de dois adversários do Grêmio.
Cheguei em casa no final de tarde da quarta-feira e de cara me deliciei com o amistoso entre França e Argentina. Encerrada a partida, acompanhei o segundo tempo de Espanha e Inglaterra. Quando findou mais esse jogo, ainda deu tempo de acompanhar quase trinta minutos de São Luiz e Brasil, pelo Gauchão. Numa pausa de trinta minutos antes que começasse Ypiranga e Inter, arrumei um tempinho para um banho e um lanche rápido, afinal, somente futebol não enche a barriga e higiene sempre é bom, não é mesmo?
Na quinta-feira a programação também foi cheia. Acompanhei Grêmio e Juventude e, finalizada a partida, dei uma espiada no jogo do River Plate, também pela Libertadores. Em seguida, mãos à obra para o computador para escrever esta coluna para vocês. Ao fundo, o som de Led Zeppelin me acompanhava.
Minha esposa quase surtou, mas nada como um aparelho de televisão no quarto para que as novelas também pudessem ser aproveitadas por ela nesses dias de intenso futebol. Pelo menos por enquanto, vou ficar devendo as noites perfeitas que ela sonha. Talvez egoísta, vou aproveitando as minhas. Bem mais baratas e reais, é claro...
Falei para ela que nas próximas três noites eu teria meus momentos perfeitos. Sua resposta, certeira, por sinal, veio com três palavras: futebol na TV.
Na terça-feira iniciei a programação perfeita com o amistoso entre Brasil e Itália. Logo depois, acompanhei duas partidas em sequência pela Libertadores, entre elas o confronto de dois adversários do Grêmio.
Cheguei em casa no final de tarde da quarta-feira e de cara me deliciei com o amistoso entre França e Argentina. Encerrada a partida, acompanhei o segundo tempo de Espanha e Inglaterra. Quando findou mais esse jogo, ainda deu tempo de acompanhar quase trinta minutos de São Luiz e Brasil, pelo Gauchão. Numa pausa de trinta minutos antes que começasse Ypiranga e Inter, arrumei um tempinho para um banho e um lanche rápido, afinal, somente futebol não enche a barriga e higiene sempre é bom, não é mesmo?
Na quinta-feira a programação também foi cheia. Acompanhei Grêmio e Juventude e, finalizada a partida, dei uma espiada no jogo do River Plate, também pela Libertadores. Em seguida, mãos à obra para o computador para escrever esta coluna para vocês. Ao fundo, o som de Led Zeppelin me acompanhava.
Minha esposa quase surtou, mas nada como um aparelho de televisão no quarto para que as novelas também pudessem ser aproveitadas por ela nesses dias de intenso futebol. Pelo menos por enquanto, vou ficar devendo as noites perfeitas que ela sonha. Talvez egoísta, vou aproveitando as minhas. Bem mais baratas e reais, é claro...
06 fevereiro 2009
Sempre vale muito
“Esse Gre-Nal vale é nada”, disse um amigo na última quinta-feira. Foi o estopim para iniciarmos uma séria discussão futebolística, logicamente na mais perfeita harmonia. Nunca concordei que Gre-Nal nada vale e até hoje ninguém conseguiu me convencer do contrário.
Se o próximo Gre-Nal realmente não tem nenhuma hipótese de vale algo, por que os treinadores fizeram treinos secretos? E por que os dois times atuaram na rodada de meio de semana com times reservas ou mistos? Mais uma pergunta: Por que praticamente todos os ingressos para o jogo deste domingo foram vendidos antecipadamente? Pois é...
Gre-Nal sempre vale. Pode ser clássico de par-ou-ímpar, pode ser uma tradicional “pelada” entre amigos de um bairro ou cidade, pode ser no futebol de mesa, pode ser até Gre-Nal de vôlei entre mulheres. Quando se pensa na rivalidade, na chance de ficar um bom tempo zoando com os amigos rivais e influenciando diretamente no humor do dia seguinte para quem gosta de futebol, não temos como pensar que Gre-Nal nada vale.
A vitória no jogo deste domingo vale, além dos tradicionais três pontos, um salto de motivação para o início de temporada de Grêmio e Inter. Também vale no aumento das compras de materiais esportivos por parte dos torcedores, já aproveitando que ambos estão de roupas novas. Enfim, vale se sobressair mais uma vez diante do maior rival, vale para um possível estreante em clássico deixar seu nome marcado e, acima de tudo e de todos, vale a tradição.
Por isso, quando alguém disser que um Gre-Nal nada vale, que hajam argumentos convincentes, já que tamanha afirmação só pode ser dita por alguém que não conhece como as coisas funcionam aqui pelos nossos pagos.
Se o próximo Gre-Nal realmente não tem nenhuma hipótese de vale algo, por que os treinadores fizeram treinos secretos? E por que os dois times atuaram na rodada de meio de semana com times reservas ou mistos? Mais uma pergunta: Por que praticamente todos os ingressos para o jogo deste domingo foram vendidos antecipadamente? Pois é...
Gre-Nal sempre vale. Pode ser clássico de par-ou-ímpar, pode ser uma tradicional “pelada” entre amigos de um bairro ou cidade, pode ser no futebol de mesa, pode ser até Gre-Nal de vôlei entre mulheres. Quando se pensa na rivalidade, na chance de ficar um bom tempo zoando com os amigos rivais e influenciando diretamente no humor do dia seguinte para quem gosta de futebol, não temos como pensar que Gre-Nal nada vale.
A vitória no jogo deste domingo vale, além dos tradicionais três pontos, um salto de motivação para o início de temporada de Grêmio e Inter. Também vale no aumento das compras de materiais esportivos por parte dos torcedores, já aproveitando que ambos estão de roupas novas. Enfim, vale se sobressair mais uma vez diante do maior rival, vale para um possível estreante em clássico deixar seu nome marcado e, acima de tudo e de todos, vale a tradição.
Por isso, quando alguém disser que um Gre-Nal nada vale, que hajam argumentos convincentes, já que tamanha afirmação só pode ser dita por alguém que não conhece como as coisas funcionam aqui pelos nossos pagos.
31 janeiro 2009
Camisa do Potosí
Já vi camisas com vários patrocinadores, mas essa que o Potosí usou diante do Palmeiras superou todas as que vi juntas.
Tudo bem que os clubes precisem de dinheiro e a camisa é a maior visibilidade para ganhá-lo com patrocínios, mas a camisa do Potosí é exageradamente poluída.
Essa eu posso considerar a camisa mais feia que já vi no futebol. E pela cara de nosso amigo aí na foto, nem ele deve ter gostado.
Tudo bem que os clubes precisem de dinheiro e a camisa é a maior visibilidade para ganhá-lo com patrocínios, mas a camisa do Potosí é exageradamente poluída.
Essa eu posso considerar a camisa mais feia que já vi no futebol. E pela cara de nosso amigo aí na foto, nem ele deve ter gostado.
29 janeiro 2009
Futebol na farmácia
Já perdi a conta de quantas vezes as pessoas que não me conhecem olham para mim, mexem as sobrancelhas e perguntam: “você não é aquele rapaz que escreve no O Alto Uruguai?”. Das vezes que isso aconteceu, nenhuma me chamou mais a atenção do que o ocorrido na semana que passou, quando eu entrava numa farmácia, em Frederico. E para quem pensa que mulher não entende de futebol, confira o diálogo que ocorreu entre mim e uma senhora que saía do estabelecimento.
- É você que escreve sobre futebol no jornal, não é mesmo?
- Sim, sou eu.
- Parabéns pelas suas colunas. Não perco uma. – disse ela.
- Obrigado. Já somos dois, então. – brinquei.
- O que você me diz da última convocação do Dunga? – perguntou.
- Na verdade, as convocações do Dunga são sempre polêmicas. – respondi.
- O que você me diria de um trio de meio-de-campo com Ramires, Hernanes e Alex? – continuou ela.
- Três excelentes jogadores, todos em ótimas fases. Por quê? – respondi e questionei.
- Então como é que pode nenhum deles ser convocados, sendo que dois estiveram entre os três melhores do último Campeonato Brasileiro? – disparou.
- Pois é, também não compreendo. É como lhe falei, as convocações do Dunga são sempre polêmicas. – segui respondendo, ao mesmo tempo surpreso com tamanha facilidade dela em falar sobre futebol.
- Garanto que se jogassem no exterior eles seriam convocados. Depois ninguém entende o motivo dos atletas desejarem jogar fora do país... – complementou.
Despedimos-nos rapidamente e, em tom de brincadeira, perguntei se ela não gostaria de escrever sobre futebol, tamanha perfeição em suas colocações. Ela sorriu e disse que preferia continuar lendo minhas colunas.
Somente depois que entrei na farmácia é que me dei conta que não perguntei seu nome. Mas como ela disse que sempre lê o Papo de Bola, quero agradecer novamente suas palavras e dizer algo que esqueci naquele dia: até as mulheres, que muitos comentários machistas dizem que nada entendem de futebol, enxergam coisas que um treinador de Seleção Brasileira não consegue ver...
(Texto a ser publicado no jornal "O Alto Uruguai" de 31/01/2009)
- É você que escreve sobre futebol no jornal, não é mesmo?
- Sim, sou eu.
- Parabéns pelas suas colunas. Não perco uma. – disse ela.
- Obrigado. Já somos dois, então. – brinquei.
- O que você me diz da última convocação do Dunga? – perguntou.
- Na verdade, as convocações do Dunga são sempre polêmicas. – respondi.
- O que você me diria de um trio de meio-de-campo com Ramires, Hernanes e Alex? – continuou ela.
- Três excelentes jogadores, todos em ótimas fases. Por quê? – respondi e questionei.
- Então como é que pode nenhum deles ser convocados, sendo que dois estiveram entre os três melhores do último Campeonato Brasileiro? – disparou.
- Pois é, também não compreendo. É como lhe falei, as convocações do Dunga são sempre polêmicas. – segui respondendo, ao mesmo tempo surpreso com tamanha facilidade dela em falar sobre futebol.
- Garanto que se jogassem no exterior eles seriam convocados. Depois ninguém entende o motivo dos atletas desejarem jogar fora do país... – complementou.
Despedimos-nos rapidamente e, em tom de brincadeira, perguntei se ela não gostaria de escrever sobre futebol, tamanha perfeição em suas colocações. Ela sorriu e disse que preferia continuar lendo minhas colunas.
Somente depois que entrei na farmácia é que me dei conta que não perguntei seu nome. Mas como ela disse que sempre lê o Papo de Bola, quero agradecer novamente suas palavras e dizer algo que esqueci naquele dia: até as mulheres, que muitos comentários machistas dizem que nada entendem de futebol, enxergam coisas que um treinador de Seleção Brasileira não consegue ver...
(Texto a ser publicado no jornal "O Alto Uruguai" de 31/01/2009)
15 janeiro 2009
Eu queria ser o Kaká
É isso mesmo que você leu no título. Eu queria ser o Kaká. Rapaz boa pinta, educado, inteligente, bem sucedido na vida pessoal e profissional. E rico. Podre de rico. Não tenho nenhum pingo de inveja, eu juro. Apenas queria ser ele.
Ricardo, o nosso Kaká, já ganhou quase tudo o que podia conquistar em sua carreira. Foi campeão do mundo com a seleção em 2002, ganhou títulos de expressão como a Liga dos Campeões da Europa, foi campeão mundial de clubes, campeonato italiano, entre outros. Não conseguiu, porém, ser campeão brasileiro e nem da Copa do Brasil devido ao fato de ser vendido tão precocemente para o exterior, tamanha qualidade de seu futebol.
Kaká está numa verdadeira “sinuca de bico” de uns dias para cá. Recebeu uma proposta praticamente irrecusável para qualquer mortal, do Manchester City, da Inglaterra. O clube inglês ofereceu ao Milan cerca de R$ 330 milhões e, para Kaká, o nosso Ricardo, um valor aproximado de R$ 4 milhões por mês. Até o fechamento desta coluna, pelo menos, ele ainda não havia aceitado. E no seu caso o dinheiro não é o problema e nem o centro de tudo, até por que ganhar quase R$ 4 milhões por mês não pode ser considerado problema, evidentemente. Kaká pediu outras garantias, pensando não apenas em si, mas no clube, em um projeto e na sua profissão.
Kaká exige que o xeque árabe que comprou o Manchester City não venda o clube com a mesma facilidade que acontecia no mercado da bola até pouco tempo atrás, que as contratações sejam sempre ambiciosas, para fazer com que o clube esteja sempre disputando os principais títulos disponíveis e que, com essa estrutura, o City não caia para uma divisão inferior no país.
O que se pode entender nisso tudo? O dinheiro, que obviamente é a chave para que a negociação ocorra ou não, não é tudo. Kaká tem planejamento, profissionalismo e, acima de tudo, tem espírito de grupo, já que, se tiver sucesso, seus colegas também terão.
Kaká é o cara. Não é por acaso que uma recente pesquisa o escolheu o jogador mais querido do Brasil. As pessoas reconhecem não apenas dentro de campo, mas na vida. Ninguém é perfeito, nem mesmo Kaká, que é quase. Ah, como eu queria ser o Kaká...
Ricardo, o nosso Kaká, já ganhou quase tudo o que podia conquistar em sua carreira. Foi campeão do mundo com a seleção em 2002, ganhou títulos de expressão como a Liga dos Campeões da Europa, foi campeão mundial de clubes, campeonato italiano, entre outros. Não conseguiu, porém, ser campeão brasileiro e nem da Copa do Brasil devido ao fato de ser vendido tão precocemente para o exterior, tamanha qualidade de seu futebol.
Kaká está numa verdadeira “sinuca de bico” de uns dias para cá. Recebeu uma proposta praticamente irrecusável para qualquer mortal, do Manchester City, da Inglaterra. O clube inglês ofereceu ao Milan cerca de R$ 330 milhões e, para Kaká, o nosso Ricardo, um valor aproximado de R$ 4 milhões por mês. Até o fechamento desta coluna, pelo menos, ele ainda não havia aceitado. E no seu caso o dinheiro não é o problema e nem o centro de tudo, até por que ganhar quase R$ 4 milhões por mês não pode ser considerado problema, evidentemente. Kaká pediu outras garantias, pensando não apenas em si, mas no clube, em um projeto e na sua profissão.
Kaká exige que o xeque árabe que comprou o Manchester City não venda o clube com a mesma facilidade que acontecia no mercado da bola até pouco tempo atrás, que as contratações sejam sempre ambiciosas, para fazer com que o clube esteja sempre disputando os principais títulos disponíveis e que, com essa estrutura, o City não caia para uma divisão inferior no país.
O que se pode entender nisso tudo? O dinheiro, que obviamente é a chave para que a negociação ocorra ou não, não é tudo. Kaká tem planejamento, profissionalismo e, acima de tudo, tem espírito de grupo, já que, se tiver sucesso, seus colegas também terão.
Kaká é o cara. Não é por acaso que uma recente pesquisa o escolheu o jogador mais querido do Brasil. As pessoas reconhecem não apenas dentro de campo, mas na vida. Ninguém é perfeito, nem mesmo Kaká, que é quase. Ah, como eu queria ser o Kaká...
08 janeiro 2009
Show do Milhão
Quem não lembra do famoso Show do Milhão, apresentado por Silvio Santos? Eu era tão fã do programa que quase nunca perdia suas exibições. Era um programa que misturava tensão e conhecimento não apenas para o jogador como para nós, telespectadores. Ainda recordo de minhas ansiedades e suor nas mãos, na torcida para que o “patrão” ficasse R$ 1 milhão mais pobre (ou menos rico, como queiram).
Quem acompanhava o programa com frequência deve lembrar daquele senhor que chegou na última pergunta, a qual valia o prêmio máximo, e que derrapou na última curva, perdendo tudo o que até então havia conquistado. A pergunta era “quantas letras tem a frase escrita na bandeira do Brasil?”. Ao invés de responder corretamente que eram quinze letras, ele disse dezesseis, confundindo “ordem e progresso” com “ordem ou progresso”. Foi uma pena ele ter feito uma campanha brilhante, criado uma enorme expectativa não apenas para si, mas para muita gente, porém vindo a falhar na hora decisiva, quando menos podia.
Os gremistas se orgulham de ter feito um belo Brasileirão, mesmo sem o título. Em suas visões, conquistar vaga para a Libertadores era muito melhor do que ser campeão da Copa Sul-Americana. Do outro lado, os colorados se orgulham em conquistar uma competição que ninguém possui no Brasil e, segundo eles, é melhor ser campeão do que ter a possibilidade de conquistar um título que, por enquanto, de concreto, só existe mesmo a vaga.
Razão de um, razão de outro, ambos têm suas justificativas e, num ambiente de extrema rivalidade como no Rio Grande do Sul, melhor mesmo é deixar que cada um fique com a sua, sendo que ambas, mesmo não sendo concordadas, devem ser respeitadas.
A verdade mesmo é que nenhum dos dois poderá errar. O lado tricolor, ganhando uma Libertadores, provará que estava certo, enquanto que o lado vermelho tentará vencer algo “de peso” no ano de seu centenário, podendo comprovar a boa fase que se arrasta desde o final do ano passado por causa de sua inédita conquista. Errar será jogar pelo ralo todas as convicções e com certeza muito dinheiro. Como o nosso amigo do Show do Milhão...
Quem acompanhava o programa com frequência deve lembrar daquele senhor que chegou na última pergunta, a qual valia o prêmio máximo, e que derrapou na última curva, perdendo tudo o que até então havia conquistado. A pergunta era “quantas letras tem a frase escrita na bandeira do Brasil?”. Ao invés de responder corretamente que eram quinze letras, ele disse dezesseis, confundindo “ordem e progresso” com “ordem ou progresso”. Foi uma pena ele ter feito uma campanha brilhante, criado uma enorme expectativa não apenas para si, mas para muita gente, porém vindo a falhar na hora decisiva, quando menos podia.
Os gremistas se orgulham de ter feito um belo Brasileirão, mesmo sem o título. Em suas visões, conquistar vaga para a Libertadores era muito melhor do que ser campeão da Copa Sul-Americana. Do outro lado, os colorados se orgulham em conquistar uma competição que ninguém possui no Brasil e, segundo eles, é melhor ser campeão do que ter a possibilidade de conquistar um título que, por enquanto, de concreto, só existe mesmo a vaga.
Razão de um, razão de outro, ambos têm suas justificativas e, num ambiente de extrema rivalidade como no Rio Grande do Sul, melhor mesmo é deixar que cada um fique com a sua, sendo que ambas, mesmo não sendo concordadas, devem ser respeitadas.
A verdade mesmo é que nenhum dos dois poderá errar. O lado tricolor, ganhando uma Libertadores, provará que estava certo, enquanto que o lado vermelho tentará vencer algo “de peso” no ano de seu centenário, podendo comprovar a boa fase que se arrasta desde o final do ano passado por causa de sua inédita conquista. Errar será jogar pelo ralo todas as convicções e com certeza muito dinheiro. Como o nosso amigo do Show do Milhão...
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