30 dezembro 2008

Superstições

Acho interessante esse negócio de superstição. Não sei se funciona, já que a fé de cada um realmente é o que conta e precisa ser respeitada, mas é bacana. São vários os exemplos: acordar pisando primeiramente com o pé direito, não passar por baixo de escadas, desviar de gatos pretos, enfim. Cada um tem uma história e cada história tem sua crença e suas curiosidades engraçadas.

Vou contar dois casos que aconteceram em datas praticamente juntas e que de lá para cá se transformaram em questão de honra o fato de mantê-las. É claro que se refere a futebol, como não poderia deixar de ser.

A primeira história é de um amigo que mora em Balneário Camboriú. Um dia antes de o Grêmio jogar a histórica “Batalha dos Aflitos” contra o Náutico, ele ganhou uma cueca preta de presente de sua mãe. Como a partida terminou do jeito que todos sabemos, ele decidiu que sempre que o Grêmio jogasse, usaria a tal cueca preta. Dias atrás perguntei para ele se a peça não estava um trapo velho e ele me respondeu que estava inteirinha, e que mesmo que vire um trapo velho, irá usar até o “último suspiro” da pobrezinha.

O outro caso aconteceu em minha família, com meu primo colorado. Na virada do ano de 2005 para 2006, ainda revoltado com o que aconteceu no Brasileirão que teve o Corinthians como campeão, decidiu que não comeria lentilhas. Em sua concepção, como é que lentilhas dariam sorte se o Inter não dava uma dentro há tempos? Pois vejam o que aconteceu com o Inter de 2006 em diante... De lá para cá, toda virada do ano para ele é sem lentilhas. Acredito que ele nunca mais tenha colocado o alimento na boca independente de que época do ano fosse.

Na vida, as coisas dificilmente acontecem 100% a nosso favor, mas superstições – para quem acredita – criam um aspecto de positivismo e de esperança para que tudo possa ocorrer da melhor maneira possível. Quem sabe a gente comece 2009 pensando somente em coisas boas, torcendo para que não apenas no futebol, mas que tudo (ou quase) possa dar certo para nós, nossos familiares e amigos? É claro, sempre procurando evitar passar debaixo de escadas, desviar de gatos pretos...

18 dezembro 2008

Carta ao Papai Noel

Aproveitando as luzes apagadas e que todos já estavam dormindo, ele foi de pé em pé até à árvore de Natal e deixou sua carta ao Papai Noel. Mesmo adulto, ainda acreditava na vinda e nas realizações de pedidos ao bom velhinho. Cheio de esperanças, depositou o envelope junto ao pinheiro.

Seu irmão, alguns minutos depois, também deixou sua carta junto ao presépio, escorando-a em sua base e saindo de fininho. Também adulto, pouco se importava se as pessoas ainda riam de seu gesto, tamanha alegria pelas realizações que Papai Noel sempre o trouxera.

E o bom velhinho apareceu, exatamente como sempre fez: estacionando o trenó em cima da casa e entrando pela chaminé. Aliás, ele sempre teve uma incomparável astúcia de nunca sujar sua roupa nas inúmeras chaminés em que marcou presença.

Abriu a primeira carta e leu: “Papai Noel, sou gremista e gostaria muito que meu time conseguisse ser campeão da América outra vez. Sei que torcedores de outros times que jogarão a Libertadores irão pedir o mesmo que eu, mas tenho muita fé que o senhor esteja lendo minha carta antes que as cartas deles. Assim, o senhor pode justificar que o meu pedido chegou por primeiro. Pode ficar sossegado. Com certeza eles entenderão. Obrigado”.

Logo em seguida, leu a carta de seu irmão: “Bom velhinho, antes de tudo, adoro as cores de sua roupa, as mesmas de meu time de coração, o Inter. Já que nosso sonho de jogar a Libertadores não poderá ser realizado em 2009, peço que o senhor nos traga todos os demais títulos que disputarmos, pois este será o ano de nosso centenário. Caso não puder atender meu desejo integralmente, apenas nos garanta a Copa do Brasil e o Brasileirão. Já estaria de bom tamanho. Agradeço.”

O Papai Noel retirou dois pacotes do saco de presentes e deixou na árvore de Natal, aos cuidados de cada um dos irmãos. O que Noel teria deixado nestes pacotes?

11 dezembro 2008

A mulher ideal

Ele tomou a decisão que naquela noite encontraria a mulher ideal. Aquela que começaria com um “ficar”, passaria a se tornar namoro e lá adiante se transformaria na mãe de seus filhos. Caprichou no visual, se arrumou com estilo e foi para a “balada”.

A festa estava ótima, cheia de bons fluidos. Ele se divertia bastante com sua turma e, numa certa altura, observou a mulher mais linda da noite numa mesa ao lado, sozinha. Numa espécie de “amor à primeira vista”, cravou a convicção de que aquela era a desejada companhia para o resto de sua vida. Antes de se aproximar da moça, resolveu buscar uma bebida para criar mais coragem. E foi seu grande erro.

Quando retornou, a moça já estava acompanhada e, pelo que parecia, gostando muito da conversa que estava tendo com outro homem. Obviamente ele se frustrou e resolveu sair da festa, totalmente cabisbaixo. Neste momento acabou esbarrando em outra moça, se desculpou e, quase sem querer, iniciou um agradável bate-papo com ela, sendo que acabaram a noite ficando juntos. Em seu ponto vista, não era esta a moça mais bonita, a melhor de todas, mas seu consolo foi ter encontrado uma pessoa legal e a noite não foi tão perdida assim...

Vocês concordam que podemos comparar o caso acima com o segundo semestre de Grêmio e Inter? O Tricolor queria ser campeão brasileiro, mas ficou com vaga direta para a próxima Libertadores. De modo geral ficou excelente, já que muitos rebaixavam o clube antes mesmo de o Brasileirão iniciar. Quanto ao Inter, que queria pelo menos uma vaga para a Libertadores, acabou conquistando um título inédito e seu final de ano até que não foi tão ruim, já que criou-se uma boa expectativa para a próxima temporada.

E assim foi o segundo semestre da dupla Gre-Nal. O principal objetivo de cada um não foi atingido, mas o balanço até que foi positivo. Como o nosso amigo aí de cima, que não teve a noite que planejou, mas que acabou ficando feliz com a situação em que acabou.

Seleção do Brasileirão 2008

Minha seleção do Brasileirão 2008 ficou em um esquema 4-4-2 e escalada com:

Vitor (Grêmio);

Leonardo Moura (Flamengo)
Miranda (São Paulo)
Rever (Grêmio)
Jorge Wagner (São Paulo);

Ramires (Cruzeiro)
Hernanes (São Paulo)
Ibson (Flamengo)
Alex (Inter);

Keirrison (Coritiba)
Kleber Pereira (Santos)

Treinador: Muricy Ramalho (São Paulo);

Confesso que fiquei na dúvida entre Muricy e Celso Roth, mas valorizei o crescimento na hora certa do time paulista, além da queda de rendimento do Grêmio nos momentos decisivos.

Para finalizar, o craque do campeonato em minha humilde opinião foi Hernanes, do São Paulo.

05 dezembro 2008

Gato e rato


Essa é clássica. O gato vivia tentando capturar o rato e nunca tinha sucesso. Ele ficava esperando o rato sair da toca e corria desesperadamente atrás do pobre bichinho, que precisava se desdobrar para escapar do felino. E escapava.

Certa vez o gato se escondeu dentro da casa e ficou numa espécie de “stand by” por um bom tempo. O rato estranhou o silêncio, mas mesmo assim resolveu sair da toca. O gato avançou para cima do rato, porém o pequenino conseguiu driblar outra vez o inimigo e voltou para seu lar.

Até que um dia o rato ouviu fortes e intensos latidos. Pareciam ser latidos de um cão de guarda. O ratinho abriu um largo sorriso e sentiu-se seguro, já que o gato não mais iria importuná-lo pelo fato de o cão estar por perto e, assim, ele poderia passear alegremente e em total tranqüilidade.

No momento em que saiu da toca, completamente distraído, o rato foi capturado pelo gato. Apavorado, perguntou ao gato sobre como foi que ele escapou do cão. A resposta do gato foi curta e grossa: “Não havia nenhum cão. Nos dias de hoje temos que falar mais do que uma língua para poder sobreviver nesse mundo tão competitivo”.

Assim como nosso amigo gato, o Inter trabalhou em um ousado planejamento a longo prazo desde que Fernando Carvalho assumiu o clube, no início de 2002. Desde 2006 o clube aprendeu “novas línguas”, viajou pelo mundo e conquistou tudo o que faltava para seu currículo. O título da Copa Sul-Americana carimbou o clube como o mais internacional do Brasil. Os frutos estão sendo colhidos de forma geral, começando pelo excelente trabalho nas categorias de base e finalizando nos momentos de maior êxtase, levantando troféus. Parabéns, colorados.

27 novembro 2008

Volta por cima

Consistente em todos os setores há vários jogos, finalmente o Inter engrenou. Contestado por não dar um equilíbrio tático ao time durante o Brasileirão, Tite pediu tempo para trabalhar e o grupo acabou respondendo de forma positiva neste final de temporada.

O clube está há um passo de conquistar um título inédito não apenas para si, mas para o futebol brasileiro, e boa parte desse mérito deve ser dado ao treinador. Importante salientar que ainda falta uma partida e, apesar da conquista estar perto e o adversário não conseguir mostrar algo a mais do que sua tradicional garra, ainda não acabou.

Foto: Zerohora.com

Dá-lhe, gauchada!

O futebol sul-americano possui três competições de clubes organizadas pela Conmebol: Libertadores, Copa Sul-Americana e a Recopa.

Caso o Grêmio conquiste uma vaga à Libertadores e o Inter confirme o título da Sul-Americana na próxima quarta (situações muito prováveis de acontecer), teremos os gaúchos jogando todas as competições de clubes do continente em 2009, já que o Inter, ganhando o título, terá direito à disputar a Recopa, além de já estar garantido na próxima Sul-Americana.

Dá-lhe, gauchada!

Com méritos

O Inter está sendo impecável nesta Copa Sul-Americana. Valorizando a competição e manendo o foco do início ao fim, está se impondo taticamente de forma perfeita e, com todos os méritos, coloca uma mão na taça após a maiúscula vitória da última quarta, quando se sobressaiu com um homem a menos por dois terços do jogo diante do Estudiantes, o qual não perdia há 43 jogos dentro de sua casa.

É hora de manter a concentração, já que falta pouco para a conquista e, para um time que foi excelente até agora, basta seguir essa linha dentro do Beira-Rio, que estará lotado.

Cheiro de título inédito e invicto, o qual, se vier, será mais do que merecido.

Foto: Zerohora.com

Dinheirinho contado

Você é daqueles que guarda dinheiro o ano todo para poder torrar tudinho no veraneio, quando planeja uma viagem? Caso sim, estamos no mesmo barco. O orçamento de cada mês fica no limite e nos resta economizar um pouco aqui, tirar uma coisinha ali e, obviamente de forma organizada, fazer sobrar um pouco para poder curtir alguns dias de descanso com a família em outros ares.

Digamos que você tenha decidido ir ao litoral com o dinheiro rigorosamente contado. Você acaba usando ele para comprar alimentos e/ou produtos primários para poder aproveitar seus dias de férias. Mas, como sabemos, sair à noite é regra, não é mesmo? As noturnas caminhadas à beira das vitrines se misturam a suspiros. Tênis e roupas de marcas famosas já começam a ficar descartadas, já que você não pode gastar nada a mais do que aquele dinheiro devidamente programado.

Claro que nem tudo é ficar apenas na vontade. Afinal, você está aproveitando belos e merecidos dias de folga, se divertindo, relaxando e conseguindo aliviar a cuca por um tempo. E mesmo que a grana esteja sendo utilizada no limite, o importante é que você consiga atingir o objetivo de sair e descansar. Podem não ser as melhores férias do mundo, sem poder comprar tudo o que você quer, mas as economias são utilizadas para seu lazer exatamente como planejado durante meses.

Assim está sendo o Brasileirão do Grêmio, que usou suas “economias” no limite, formou um time com os recursos que pôde, planejou ficar bem classificado e, mesmo que o título possa ser obtido somente com vários milagres ao mesmo tempo, está praticamente garantido na Libertadores de 2009, algo impensável antes que o atual campeonato começasse. Poderia ter sido o Brasileirão dos sonhos, mas o time chegou no limite máximo em tudo: parte física, técnica e dinheiro para contratações e salários.

De modo geral, os gremistas têm que comemorar como positiva sua trajetória no Brasileirão. O frustrante foi o fato de ter sido criada uma expectativa, a qual crescia a cada rodada, e ter sucumbido quando o time dependia apenas de si para chegar à glória.

20 novembro 2008

Exemplo aos imbecis

Pelo menos uma única vez na vida você já teve vontade de pegar um amigo ou parente pelo pescoço por estar sendo zoado quando seu time perdeu e/ou o dele venceu. Estou falando de um jogo. Quem dera estar falando sobre um título. Seu amigo ou parente também tiveram essa mesma vontade quando a situação se inverteu. Menos mal que vocês são pessoas conscientes de seus atos e tudo não passou de um momento de raiva ou, digamos, daquele pensamento de que “teria volta” a questão da zoada.

Nesta semana uma importante pessoa ligada à história do futebol gaúcho nos deixou. Perdemos Arthur Dallegrave, símbolo colorado de tantas glórias, pessoa que esteve presente nas conquistas mais importantes da vida do clube.

Antes de sua morte, no domingo, duas facções de uma torcida organizada do Grêmio se enfrentaram nas imediações do Olímpico e dois torcedores acabaram baleados por animais que deveriam ser banidos da sociedade.

Por favor, amigos, não se zanguem por estar sendo citado um exemplo bonito do Inter e um péssimo do Grêmio. Até por que dirigentes bons e históricos o Tricolor também tem, ao mesmo tempo em que o Colorado igualmente possui torcedores arruaceiros e sem escrúpulo algum.

Atualmente, baderneiros mancham o futebol com ameaças a dirigentes e jogadores, invadem treinos e, acobertados pela impunidade, brigam e matam. Antigamente fatos assim nem sequer eram cogitados e ficava tudo numa sadia “flauta” entre dirigentes, os quais sabiam promover jogos de forma clássica e divertida, como Arthur Dallegrave e tantos outros.

É uma pena que a violência e a luta desesperada por “benefícios” estejam distorcendo a maneira de torcer dentro dos estádios. Famílias acabam ficando “presas” na segurança do lar vendo uma partida pela televisão, enquanto que os que deveriam estar enjaulados ficam livres para tratar combates mortais pela internet e, se o plano for perfeito, matam pessoas da forma mais natural possível, usando o ato selvagem como uma diversão.

Arthur Dallegrave nos deixou um exemplo de pessoa, de dirigente e de caráter. E que esse exemplo sirva para que os imbecis que se julgam torcedores possam se conscientizar que por trás de um torcedor rival (do próprio clube, por incrível que pareça) exista um pai, um irmão, um marido, enfim, uma família.

13 novembro 2008

Dezembro vem aí

Estamos entrando na segunda quinzena de novembro e o mês de dezembro já aparece ali adiante, nos esperando de braços abertos. Adoro o mês de dezembro. Nosso “mês doze” apresenta um ambiente de vida, de luz, de novidades.

Dezembro é recheado de alegria, muito motivado pela expectativa do Natal. É época das pessoas saírem às ruas nas noites quentes, passear nas praças, andar de bicicleta, visitar e fazer compras no comércio em geral, o qual fica aberto até mais tarde. E para quem gosta, como no meu caso, dezembro é o mês para consumir muito sorvete.

Mas como tudo tem seu lado negativo, dezembro é um mês que ficamos sem futebol aqui no Brasil. É sufocante ter que ficar mais de trinta dias esperando o futebol brasileiro voltar à ativa.

Só que antes de dezembro ser o mês de despedida de cada temporada do futebol brasileiro, ele chega de sola em termos de emoção. Dezembro nos remete a fortes e intensivas cargas de adrenalina. E nosso próximo dezembro deverá ter cargas extras disso tudo em apenas uma semana.

O Inter, que praticamente garantiu vaga à final da Copa Sul-Americana, jogará no dia 03 de dezembro o jogo decisivo desta competição dentro de um Beira-Rio entupido. Quatro dias mais tarde, no dia 07, o Grêmio, dentro de um Olímpico entupido, poderá estar disputando a última rodada do Brasileirão com ótimas possibilidades de ser campeão, já que o clube ressurgiu após a excelente vitória contra o Palmeiras no domingo passado.

Época do ano em que tudo se mistura, dezembro vem aí. Você poderá tirar suas férias, viajar, andar de bicicleta, tomar sorvete, sair caminhar à noite, fazer suas compras de Natal, entre outras atividades. Antes, porém, poderá acelerar seu coração com a forte possibilidade de seu time ser campeão. Nacional ou continental, é claro.

Juntos outra vez?

Se realmente se confirmar a informação que anda circulando de que o campeão da Copa Sul-Americana poderá entrar na pré-Libertadores no próximo ano, o Inter tem que ignorar a imensa reprovação da mídia sobre a mudança de regulamento durante a competição (a qual também reprovo) e apenas se preocupar em tentar vencer mais do que nunca essa competição.

Enquanto isso, após vencer o Palmeiras, o Grêmio fica com ótimas possibilidades e depende apenas de si para também chegar à próxima Libertadores.

Poderemos ter um 2009 com os dois times gaúchos novamente juntos na maior competição de nosso continente.

09 novembro 2008

Vitória e esperança

Incontestável. Essa palavra resume a vitória do Grêmio diante do Palmeiras.

Foi melhor durante todo o tempo, anulou o ataque do time paulista com um sistema de marcação extremamente eficiente e soube tirar proveito da pressão que tinha o Palmeiras para vencer o jogo.

O título segue difícil, mas o resultado deste domingo - muito improvável na opinião de muitos, inclusive de minha parte - deixa o clube vivíssimo na busca do título e com a vaga para a próxima Libertadores praticamente garantida. Basta que o grupo faça sua parte com eficiência.

Rivalidade reativada

Palmeiras e Grêmio fizeram grandes duelos nos anos 90.

Quem esquece da Libertadores de 1995, quando o Tricolor venceu em Porto Alegre o jogo de ida das quartas-de-final por 5 a 0, vindo a perder em São Paulo por 5 a 1 e garantir vaga às semifinais?

Em 1996 o Palmeiras venceu o Grêmio no Palestra Itália pela Copa do Brasil pelo placar de 3 a 1 e, no Olímpico, o time paulista garantiu classificação após ser derrotado por 2 a 1. Detalhe: muita confusão após um gol gaúcho ter sido anulado nos descontos...

Daqui a pouco, mais um confronto decisivo, desta vez pelo Brasileirão. A vitória, seja para o lado que for, credenciará ao "felizardo" a chance de lutar pelo título, enquanto que o perdedor praticamente ficará com remotas chances de levantar o caneco, assim como o empate, que deixará ambos em modestíssimas condições de ser campeão, apesar da viva chance de vaga à Libertadores do ano que vem.

Está se reativando mais um capítulo dessa quente rivalidade...

07 novembro 2008

Quem é o Chivas Guadalajara?

Saiba um pouco mais sobre o próximo adversário do Inter na Copa Sul-Americana.

O Guadalajara joga na Primera División de México, é a equipe mais popular do país e um dos mais bem sucedidos times do México.

O nome Chivas é devido a um cabrito montês bastante comum no México e que é conhecido por ser muito arisco e selvagem. Os torcedores e adeptos do Chivas Guadalajara imediatamente o adotaram como mascote.

Seu principal rival é o América, também com grande torcida, e seus encontros são considerados os grandes clássicos do país.

Na Copa Libertadores da América, foi por duas vezes semi-finalista da competição, em 2005, 2006. Terminou nos dois anos em 4º lugar.

Curiosidades

O Chivas Guadalajara foi o primeiro vencedor da Copa dos Campeões da CONCACAF, competição que começou a ser disputada em 1962.

Segundo o que está escrito em seu site oficial, o Chivas Guadalajara é a primeira e, até agora, única equipe de futebol do mundo a ter uma filial em outro país [1].
O clube tem mais duas filiais no México: O Tapatio e o Chivas La Piedad.

O Chivas Guadalajara tem como tradição só aceitar jogadores mexicanos em sua equipe.

Fonte de texto: Wikipédia
Fonte de escudo: Site Distintivos

O assunto da semana (em charge)


Créditos para João Tiago G. Picoli (Trivela)

06 novembro 2008

Resultado histórico


Apesar de o Boca Juniors ter atuado com time misto, a vitória colorada na quinta-feira tem que ser enaltecida. O Inter venceu um adversário aguerrido, dentro de um estádio com uma torcida que influencia diretamente no fator psicológico dos adversários, sendo que talvez no mundo do futebol não haja tanta pressão como na Bombonera.

Aprendida a lição após as duas goleadas anteriores, o Colorado se mostra candidato ao título da Copa Sul-Americana. Mas é bom lembrar que ainda restam quatro difíceis partidas a serem jogadas e a humildade deve prevalecer acima de qualquer coisa.

PREPARAÇÃO

Mesmo que o foco seja a Copa Sul-Americana, o Inter deve utilizar o Brasileirão com o que tiver de melhor para preparar o grupo às semifinais da competição continental, obviamente usando quem estiver em condições físicas ideais para poder jogar. Um possível título nesta competição – inédito, diga-se de passagem – não apagará a fraca campanha no campeonato nacional, mas amenizará a frustração do torcedor por não poder ter obtido vaga para a Libertadores do próximo ano.

Foto: Zero Hora

Quando a lógica engana

Reza a lenda que antigamente um jogador amador chamado Netinho tinha uma especialidade vista em poucos jogadores profissionais nos dias de hoje: cobranças perfeitas de faltas. Toda a falta que houvesse, Netinho fazia gol. Ninguém testemunhou uma só vez em que nas cobranças perigosas de falta Netinho errasse o chute. Falta perto da área, bola no centro. Era gol certo. Batata.

Um dia, numa final de campeonato amador, a partida estava empatada em zero a zero e houve uma falta perto da meia-lua a favor do time de Netinho. O jogo já estava nos descontos e aquela cobrança poderia decidir o campeonato. Os adversários enlouqueceram com o árbitro, o que de nada adiantou. A infração estava marcada e pronto.

Após alguns minutos de reclamações, finalmente a cobrança foi autorizada. No estádio, que estava lotado, poderia ser ouvida uma tosse, tamanho silêncio e apreensão do público presente. Netinho partiu para a cobrança e... Chutou por cima do travessão! Todos ficaram incrédulos, inclusive os adversários, os quais ao mesmo tempo comemoravam o fato de que o temido Netinho tivesse errado uma cobrança de falta pela primeira vez em sua vida.

Mas o inusitado aconteceu. O árbitro apontou para o centro de campo, confirmando um gol que todos viram que não ocorreu. Interrogado ferozmente por toda a equipe prejudicada, disse: “Marquei o gol por que Netinho jamais erraria uma cobrança de falta como essa”.

O árbitro deveria ter se convencido de que às vezes a lógica pode não acontecer, principalmente se o assunto for futebol. Assim como o chute de Netinho que não entrou, a campanha do Grêmio no Brasileirão fugia (e ainda foge) do normal. Dei razão a Celso Roth quando ele disse que “para um time que deveria brigar para não cair na opinião de muitos, até que está muito bom”. Porém, para quem atingiu o topo da tabela na grande maioria das rodadas e despontou como possível campeão, uma declaração como essa não justifica em hipótese alguma a queda de rendimento na hora em que isso menos poderia ocorrer.

A posição do Grêmio ainda é boa, mas perigosa até mesmo em termos de vaga para a Libertadores, algo que estava tranqüilo até pouco tempo atrás. Enquanto isso, o São Paulo, que cresceu no momento certo, dificilmente deixará escapar o título do Brasileirão. Seria uma espécie de “manifestação da lógica”. Como a certeza de gols quando Netinho cobrava faltas.

30 outubro 2008

Indefinição total

O Grêmio precisa obrigatoriamente fazer seu dever de casa contra o Figueirense, neste domingo.

Fora de casa o Cruzeiro enfrenta o Goiás, enquanto que o Palmeiras visitará o Santos, jogos que na teoria (leiam bem, na teoria) ambos podem não vencer.

O Flamengo, três pontos a menos que os líderes, joga no Rio de Janeiro contra a Portuguesa e tem grandes chances de somar três pontos.

Entretanto, o São Paulo candidata-se oficialmente ao título e hoje é o maior concorrente do Grêmio.

Indefinição total.

Quem ajuda quem?

A semana está sendo de intensos comentários sobre uma questão: O Inter deve entregar o jogo para o São Paulo neste domingo, objetivando prejudicar o Grêmio na reta final do Brasileirão? Foram pesquisas interativas em sites na internet, em duas grandes rádios de Porto Alegre nos mais diversos programas esportivos delas, enfim.

Sinceramente acho uma grande besteira um fato desse tipo ter sido tão relevante assim por uma semana inteira. Em primeiro lugar, o São Paulo luta com todas as forças pelo título e, jogando em casa, nada mais natural um esforço para tentar somar pontos e chegar à meta. Além disso, enfrentará um Inter de desempenho ridículo na competição atuando fora de casa, o qual em seguida enfrentará o Boca Juniors na Bombonera, brigando por vaga às semifinais da Copa Sul Americana.

Outro fato que poucos comentaram, mas que é o mais óbvio de todos: para quê o Grêmio necessitaria de ajuda do maior rival se o clube depende unicamente de si para poder ser campeão? Mesmo estando junto com o São Paulo hoje, ainda tem a liderança pelo número de vitórias. Se o Grêmio tropeçar e não conseguir o título a culpa será exclusivamente do próprio grupo e não por motivo de este ou aquele não ter vencido seu concorrente direto.

Grêmio e Inter, mesmo sendo em competições diferentes, possuem a mesma tarefa, que é depender apenas de suas forças para serem campeões. O Grêmio, do Brasileirão, o Inter da Copa Sul Americana, que foi o que sobrou. O resto é coisa da imprensa, que usa sua criatividade para promover a eternamente e ardente rivalidade.

Eletrizante

Em uma rodada tudo dá certo para um clube, na rodada seguinte tudo ocorre perfeito para outro e assim segue o Brasileirão.

A tendência será chegarmos à última rodada com a competição completamente eletrizante, principalmente na disputa do título.

Que todos estejam bem preparados, tanto torcedores como secadores.

Tudo errado

De que adiantam treinos fechados se na partida o time sofre gol com quatorze segundos? Por que iniciar o jogo no esquema 3-6-1 e na metade do primeiro tempo, por motivo de lesão, mudar para o 4-4-2, sendo que até o momento o clube é líder da competição tendo jogado na grande maioria das vezes em um competente 3-5-2?

Algumas perguntas básicas que podem ser feitas após uma quarta-feira onde tudo deu errado para o Grêmio diante do Cruzeiro.

Na real

Espera-se que todos no Inter tenham caído na real e estejam cientes de que não há mais nada a fazer no Brasileirão.

Após o frustrante empate diante do Náutico, o clube tem que direcionar seu foco exclusivamente na Copa Sul Americana, importando-se apenas consigo mesmo, independente se isso beneficiará ou prejudicará esse ou aquele time na competição nacional.

Ser campeão da Sul Americana é só o que deve interessar.

23 outubro 2008

Suposições

Em sociedade com um amigo, jogo na Dupla Sena um cartão que comporta três apostas e nunca mudamos os números. O coitado do cartão já está todo amassado, judiado, dobrado. Mas está ali, firme e forte, esperando um dia nos dar uma tremenda alegria.

Dias atrás, das seis dezenas que apostamos, cinco delas foram sorteadas. Mas foram sorteadas na Mega-Sena, loteria que não fizemos a aposta. Se a aposta fosse realizada na Mega Sena, teríamos ganhado cerca de R$ 11 mil. Mas como o “se” nunca nos remete a algo concreto, ficamos sem os “trocados” e mal humorados. Se você não acredita, ainda tenho os cartões para provar.

“Se” tivesse acontecido isso, “se” tivesse acontecido aquilo... Algumas vezes ficamos na dependência de fatores do acaso, sem observar se poderíamos ter feito algo para que as coisas pudessem acontecer de maneira diferente. Noto colorados lamentando o péssimo primeiro turno do time, dizendo que “se” o time tivesse vencido Figueirense, Santos e Sport jogando no Beira-Rio, estaria hoje no G4. Dos nove pontos que poderia ter feito ali, somou apenas dois. Algo parecido acontece com o Grêmio. “Se” o time tivesse conseguido manter o aproveitamento do primeiro turno, já estaria com uma mão na taça. “Se” não tivesse ocorrido o problema de Celso Roth com a Polícia Federal e “se” a política interna não tivesse interferido, o clube poderia estar mais distante dos demais. Menos mal que segue na liderança.

Muitas situações que contribuem (ou prejudicam) estão ligadas aos rumos que são dados para as mesmas, seja no futebol, seja na vida. “Se” o Inter tivesse se preparado psicologicamente para não ser o vencedor da Copa do Brasil, talvez tivesse realizado um bom primeiro turno no Brasileirão. “Se” o foco do Tricolor não tivesse mudado de direção nos últimos dias, o clube poderia ter se distanciado de sua concorrência na disputa pelo título. Assim como a nossa aposta, “se” tivéssemos feito na Mega e não na Dupla Sena...

16 outubro 2008

Raiva histórica

No distante 1835, quando nos destacávamos na economia interna através de diversos produtos, entre eles o couro e o charque, “o povo lá de cima” conseguiu tirar nossos ancestrais do sério oferecendo vários benefícios ao charque estrangeiro, o qual ficou com um custo inferior ao nosso, originando uma revolta interna muito grande, fato que deu início à Revolução Farroupilha. Em 1836 foi proclamada a República Rio-Grandense, quando foi tentado a todo o custo o separatismo do Brasil. Ah, se eles tivessem conseguido...

Por que o “povo lá de cima” tem tanta raiva de gaúcho? O que fizemos de mal para sermos tão massacrados por suas leis, as quais deveriam ser iguais para todos, mas até mesmo um poste sabe que isso não ocorre?

Historicamente sempre foi assim. Eles nos vêem como inferiores e ai de nós se tentarmos nos sobressair em qualquer área que seja. Lá estará alguém pronto para acabar com nossa alegria, puxar nosso tapete, não permitindo que estufemos o peito para dizer que somos destaques. Para eles, temos que estar sempre abaixo e não há discussão.

Há momentos que me pergunto sobre o fato de termos títulos de expressão como três Libertadores, cinco Brasileirões, dois Mundiais e por aí vai... Quem será que foi o incompetente “lá de cima” que deixou isso acontecer? Será que essa pessoa foi à forca, guilhotina ou algo parecido por ter permitido que conseguíssemos chegar aonde eles jamais imaginavam que um dia chegaríamos?

É inevitável a comparação. Em 2005 o Inter foi escandalosamente furtado e o que vimos foi apenas uma indignação geral, aquela que fica somente no sentimento e não na prática. Agora aconteceu com o Grêmio, novamente de forma covarde e suja. Para eles, não temos direito de ser felizes. Eles devem se perguntar sobre como temos a petulância e o atrevimento em querer ganhar? Eles acham que uma vaga para a Libertadores – sem o título anexado – nos contenta e que no máximo é assim que deve ser.

O Grêmio entrou com recurso, o qual foi acatado. Entretanto, é bom ficarmos de olho nas próximas arbitragens, pois ali ainda pode acontecer alguma coisa. Dois fatos, porém, são irreversíveis. O primeiro, de que a insinuação de armação já se espalhou e a repercussão foi a pior possível, diminuindo a credibilidade do STJD, se é que ela ainda existe. O segundo, de que a cada dia que passa, apesar de toda essa raiva histórica, é um orgulho ainda maior poder dizer que somos gaúchos.

Exemplo

Guiñazu é exemplo a ser seguido.

É aquele caso de uma criança que sempre sonhou em ser jogador de futebol e, quando chega ao objetivo, faz seu trabalho com dedicação vista em poucos atletas nos dias de hoje. Há pouco tempo recusou uma proposta milionária do futebol do Oriente Médio e, como se nada tivesse acontecido, treinava e jogava com a mesma determinação.

Tanto na qualidade dentro de campo como no profissionalismo, que pena que o futebol não tenha mais “Guiñazus” espalhados por aí.

Foto: Zero Hora

09 outubro 2008

Catequese e Serviço Militar

Quando criança, detestava ir à catequese. Estudava pela manhã e uma hora por semana, na parte da tarde, tinha em minha “agenda” o compromisso com o aprendizado da doutrina da Igreja. Não sei se meu desgosto era por motivo de ser obrigado a ir ou se por que ela tomava meu tempo no lugar de sair brincar, jogar futebol, enfim. Mas quero aproveitar para citar que se alguma criança estiver lendo esse texto, que fique bem claro meu arrependimento em ter detestado ir à catequese. Hoje, adulto, reconheço a importância que ela teve em iniciar minha vida religiosa. Portanto, crianças, não sigam meu antigo exemplo de irritação, ok?

Já na vida adulta, acabei não servindo o Serviço Militar. Não sei em que sentido o quartel poderia ter mudado meu destino, mas escutei muita gente dizer que ele foi uma lição de vida para todo o sempre. Ao mesmo tempo, conheço pessoas que contam ter sido o pior momento de suas vidas. Mas cada um com seus exemplos, os quais temos que respeitar. Ficarei com a curiosidade, já que o tempo não volta mais.

Quando li sobre o regime intenso de concentração que a direção do Grêmio havia armado objetivando vencer seus dois jogos seguidos em casa, fui radicalmente contra. E minha justificativa era de que até então o time liderava o campeonato sem ter precisado disso. Família, lazer e tempo livre ficaram em segundo plano. O foco era total nas partidas contra Botafogo e Santos, onde somente os seis pontos interessavam.

Assim como hoje reconheço que errei ao detestar a catequese, tenho que admitir que a ação da direção gremista foi correta, já que as vitórias haviam se afastado e ainda teve a goleada sofrida no Gre-Nal, fatores que pesaram para esse planejamento urgente. O time acabou vencendo os dois jogos e trouxe na carona a liderança isolada, a qual havia sido perdida nos recentes tropeços.

O grupo agora, mais tranqüilo, poderá recuperar jogadores suspensos e lesionados para as rodadas finais. Aliás, preparem-se para as muitas (muitas mesmo) emoções que estarão por vir. A disputa pelo título do Brasileirão tende a pegar fogo, amigos.

18 setembro 2008

História de um náufrago

Imagine-se numa ilha deserta. Você tem que se virar com tudo, já que ninguém pode ajudá-lo. E isso inclui a busca diária por alimentos, construção de um abrigo para suas horas de sono, fazer uma gostosa fogueira para as noites frias, entre outras tarefas de um náufrago.

Já completamente sem esperança, sua sorte começa a mudar. Você observa um avião caindo no outro lado da ilha e, conseguindo salvação através de pára-quedas, três lindas mulheres vagarosamente pousam até você.

Sua vida começa a se tornar uma maravilha. Fica estabelecido um planejamento das atividades e o que competia apenas a você, até então isolado, acabou sendo dividido entre todos. O ambiente se tornou cada vez mais especial e foi inevitável a criação de um “quadrado amoroso”. E todos estavam vivendo felizes, amando e respirando ar puro diariamente.

O tempo passou... Até que um dia um navio cruzava o mar e os tripulantes observaram as pessoas na ilha. O navio ancorou e alguns integrantes da tripulação vieram até vocês com o objetivo de levá-los novamente para a civilização.

E agora? Aceitar voltar cada um para seus destinos ou continuar vivendo isolados, mas felizes e sem compromisso algum com o mundo?

Seria o Grêmio esse náufrago? Inicialmente em crise antes mesmo de o Brasileirão começar, após uma vitória na estréia sua sorte começou a mudar. Depois de muito tempo vivendo em estado de graça, surge a concorrência tentando tirá-lo de seu lugar – o de protagonista –, pensando em devolvê-lo para onde normalmente ele sempre viveu, como mero coadjuvante em um Brasileirão de pontos corridos. Aceitar em ficar onde está depende única e exclusivamente dele e de suas forças...

11 setembro 2008

A unanimidade é burra?

Reza a lenda que toda unanimidade é burra. Não cabe a mim definir se quem disse essa frase tem razão ou não, mas a verdade é que nem mesmo Jesus Cristo consegue ser unanimidade até os dias de hoje. Imaginem, então, se falarmos sobre Seleção Brasileira.

Façamos um resumo dos últimos acontecimentos. Perdemos a disputa pelo ouro olímpico quando fomos eliminados pela rival Argentina na semifinal da competição. Em seguida, pelas Eliminatórias, goleamos o Chile dentro de Santiago, onde não é todo o dia que se consegue um feito assim. Na seqüência, vimos um verdadeiro vexame ao não conseguirmos vencer a Bolívia jogando aqui, adversário que jogou um bom tempo com um atleta a menos.

Mas o que a unanimidade tem a ver com tudo isso? Simplesmente nos comentários. Na Olimpíada estava tudo péssimo, ninguém prestava, todo mundo era mercenário, mascarado e sei lá mais o quê. De repente, diante do Chile, voltamos a ter uma zaga excelente, um time cheio de pegada, vergonha na cara e muitos começaram a achar que logo retomaríamos o antigo trio “vencer, golear e encantar”. Em seguida, após o fracassado empate contra a Bolívia, voltamos ao “ninguém presta, mercenários” e assim por diante.

A realidade é que temos um material humano excelente. Poucas seleções têm em seus atletas um DNA tão forte no que se refere a futebol como o Brasil. É lógico que apenas isso não basta para chegarmos a conquistas importantes, pois devem ser somados outros fatores como esquema tático eficiente, preparo físico, raça e doação por parte de cada jogador.

É chato quando se muda de opinião de acordo como vai o vento. E não cito ninguém em específico, mas todos os brasileiros que têm um pouquinho de treinador em cada um de si. Seria interessante a defesa de um ponto de vista, deixando a unanimidade de lado. Até porque, sabemos, não existe unanimidade no futebol, seja no sentido positivo ou negativo.

04 setembro 2008

Quando o cidadão desanima

Na semana que passou, um amigo veio com essa:

– Escreve lá na tua coluna que ganho R$ 800,00 por mês e minha esposa ganha um salário e meio. No total, nossa renda média mensal é de R$ 1.400,00 e que, além disso, temos 2 filhos.

– Bom, na coluna eu escrevo sobre futebol, mas se você me explicar melhor... – disse eu.

E ele continuou:

– Com esses R$ 1.400,00 mensais nós conseguimos administrar, mesmo que aos trancos e barrancos, nossas contas rigorosamente em dia. Temos um carro, popular, mas que quebra nosso galho. Meus filhos não passam fome, estudam e até conseguimos comprar um televisor novo, obviamente em parcelas. Ah, e escreva lá que nenhum profissional de motivação nos orienta para que diariamente tenhamos ânimo para continuar batalhando. A própria vida se encarrega disso.

– Mas e o que tudo isso tem a ver com futebol? – indaguei, ainda sem entender.

– Simples. Não ganhamos R$ 50 mil, 100 mil por mês, não temos regalias como jogadores de futebol, não temos nossa saúde constantemente sendo avaliada por diversos profissionais a fim de que estejamos sempre 100%. Não possuímos um importado carro do ano e, como se não bastasse, não existe um motivador que venha nos falar coisas bonitas.

E numa mistura de desânimo e realismo, complementou:

– Como pode os jogadores ter toda essa mordomia, um contra-chques gordo e ainda precisarem de motivação para entrar em campo e em várias vezes não conseguir dispor de um pingo de vontade?

Fiquei momentaneamente sem resposta, mas prometi – e estou cumprindo – que iria expor sua reclamação neste espaço. Sua e de muitos brasileiros.

28 agosto 2008

Foi bom para todos


Poucas vezes um clássico Gre-Nal foi tão bom para os dois lados como o realizado na quinta-feira, pela Copa Sul-Americana. É lógico que ninguém acha divertido ser eliminado pelo rival, onde normalmente ficaria algum descontentamento, alguma queixa ou algo parecido. Desta vez não foi o que aconteceu.

Pelo lado do Inter, a classificação pode ter dado um novo ânimo não apenas por que a conquista da vaga era necessária, mas também pelo fato de que se precisa urgente uma reação convincente no Brasileirão. Além do mais, ser eliminado pelos reservas do maior rival detonaria uma bomba no ambiente e a crise ficaria escancarada. Apesar do empate, o que vale mesmo é a classificação. Era isso que importava ao Colorado.

Quanto ao Grêmio, mesmo eliminado, a espetacular reação acabou trazendo de forma nítida a confirmação de que se tem grupo, sim. Além disso, pelo lado Tricolor, o interesse em passar de fase era muito mais no objetivo de desencadear uma séria crise para o lado vermelho do que propriamente pela competição em si. É evidente que o foco do clube é o Brasileirão, tanto que foram escalados times reservas nas duas partidas. E os atletas não fizeram feio.

Enfim, todos saíram felizes. Os colorados pela classificação e os tricolores pela reação dentro da partida. Veremos como se comportam a partir de agora as duas equipes: o Inter na própria Sul-Americana e na busca obsessiva por uma vaga à Libertadores do próximo ano e o Grêmio pensando unicamente na séria possibilidade de ser campeão brasileiro.

21 agosto 2008

Elas são de ouro!


Que lição as meninas do futebol deram nos marmanjos nessa Olimpíada, hein?

Enquanto os homens sucumbiram de forma apática diante da Argentina, as meninas encantaram com vitórias maiúsculas, como nas semifinais, quando golearam as atuais campeãs do mundo, a Alemanha, vindo a perder a final, na prorrogação, contra a forte equipe americana, em mais uma das intermináveis injustiças do futebol.

Parabéns, meninas. A prata de vocês valeu ouro.

Será tarde?

A vitória convincente contra o Palmeiras mostrou duas virtudes que andavam sumidas no Inter: qualidade e valentia.

Será que essas virtudes irão continuar nas próximas partidas ou foi apenas fogo de palha? Entretanto, ficou evidente que o retorno de Alex e a saída de Edinho demonstraram maior equilíbrio ao time, o qual, além de amassar os paulistas, deu um fio de esperança à torcida.

A reação aparenta estar começando. Resta saber se já não é tarde demais...

20 agosto 2008

Conhece o Eduardo?

Conhece o Eduardo Santos? Não? Está bem, eu o apresentarei.

O Eduardo é aquele rapaz negro do judô, que chegou bem perto de trazer uma medalha olímpica para o Brasil, mas foi derrotado numa desgastante repescagem e, na disputa pelo bronze, também acabou perdendo a luta, mas não o seu sonho.

O Eduardo é aquele que lamentou não atingir seu objetivo, porém prometendo que vai atingi-lo, que aprenderá com seus erros, que não irá desistir, que vai batalhar, treinar muito, que não venderá derrota tão facilmente e que tem muita carreira pela frente para chegar ao topo.

O Eduardo é aquele que ficou longo tempo na faixa marrom, já que sua situação financeira não permitia que pagasse uma taxa de R$ 1.500,00 para fazer os testes da faixa preta. Com o apoio da Federação Paulista de Judô, Eduardo acabou tendo isentada a taxa e, com a oportunidade única na sua cara, deu valor ao esforço que fizeram por ele e, nas seletivas, além de arrasar e conseguir chegar à faixa mais importante, conquistou vaga para as Olimpíadas.

Você ainda não sabe quem é o Eduardo? O Eduardo é aquele que num dos maiores gestos de humildade que vi em minha vida, chorou copiosamente pedindo desculpas aos seus pais por ter fracassado, quando todos sabemos que ele não fracassou. Ele enfrentou muitas dificuldades para chegar aonde chegou e o fracasso ficou apenas momentaneamente em sua cabeça, pois foi quase unanimidade que Eduardo não obteve medalha, mas foi ouro em coração, valentia, dedicação, raça e vontade de vencer.

Comparando com o atual momento dos clubes gaúchos no Brasileirão, assim o Grêmio está sendo hoje. E assim deveria ser o Inter. Um Eduardo Santos...

14 agosto 2008

Esperança e frustração

ESPERANÇA

Se isso conforta os colorados, lá vai. No Brasileirão do ano passado, o Flamengo terminou o primeiro turno com 27 pontos, na 18ª posição. Em uma arrancada fantástica no segundo turno, o time carioca – treinado por Joel Santana – somou 34 pontos e acabou o campeonato na 3ª colocação, obtendo vaga direta à Libertadores 2008. Ou seja, nada ainda está perdido, mas seria interessante que o Inter não desperdiçasse mais o tempo e começasse a reação imediatamente contra o Vasco, que está em séria crise, neste domingo.

FRUSTRAÇÃO

A tentativa de usar o Gre-Nal da Copa Sul-Americana como reabilitação para o Brasileirão acabou frustrando o torcedor colorado. A ansiedade por bons resultados está fazendo Tite apressar o uso de alguns jogadores fora de ritmo de jogo e de preparo físico. Essa pressa, porém, não está contribuindo para o crescimento do time dentro de campo. Na realidade o Inter está “trocando o pneu com o carro andando”.

Pontos corridos

E ainda há quem diga que o campeonato de pontos corridos não tem graça por não haver decisão.

Peguemos o Grêmio como exemplo. No returno, dos cinco primeiros colocados, exceto ele, claro, o Tricolor enfrentará Cruzeiro, Palmeiras e Vitória, todos longe de casa. Serão no mínimo três “decisões” visando manter a liderança e tentando permitir que os concorrentes não se aproximem.

Não existe uma finalíssima, mas campeonato de pontos corridos é recheado de decisões a cada partida, seja qual for o objetivo: na busca pelo título, nas concorridas vagas para as competições continentais e na luta para escapar do rebaixamento.

Atenção! Notícias quentes!

Para quem ainda não sabe, o Papa Bento XVI estará visitando nossa região muito em breve. Já estão agendadas visitas em Iraí, Ametista do Sul e Frederico Westphalen, respectivamente para conhecer as águas, garimpos e a Catedral.

Outra notícia que deverá se confirmar: o Brasil, pela primeira vez na história das Olimpíadas, será o primeiro colocado no quadro de medalhas. A reação iniciará neste final de semana e assombraremos o mundo esportivo com essa futura conquista.

Uma bomba: em acordo já assinado por ambos, Papai Noel e coelhinho da Páscoa farão uma inversão de papéis. No próximo Natal o coelhinho virá guiando o trenó e distribuindo presentes, enquanto que o bom velhinho, sem o trenó (ele precisa emagrecer), fará a entrega de chocolates na próxima Páscoa.

Mais um assunto importante: está para ser aprovado o novo salário mínimo em nosso país, o qual corresponderá a R$ 1.500,00. Seremos todos “classe média” muito em breve.

Finalizando, o Grêmio terminou o primeiro turno do Brasileirão na liderança, com cinco pontos de diferença do segundo colocado, possuindo o maior número de vitórias, o menor número de derrotas, o melhor ataque, a melhor defesa e, consequentemente, o melhor saldo de gols da competição. O clube só não tem a maior média de público e o artilheiro. No restante, o Tricolor reina absoluto.

Há cerca de três meses atrás tudo o que foi citado acima seria um absurdo e com certeza vocês iriam bombardear minha caixa de e-mails exigindo que eu fosse internado. Como se vê, hoje, alguma coisa já deixou de ser absurdo, não é mesmo? Quem diria...

07 agosto 2008

E no reino futebolístico...

Era uma vez um reino futebolístico de pontos corridos, o qual era dominado por uma família muito poderosa, chamada de “Paulista”. Essa família chegou ao poder após derrubar o rei “Cruzeiro” e, desde então, ninguém mais conseguiu tomar-lhe o cobiçado trono.

A família era soberana junto à imprensa do reino e tinha o poder de convencer a maioria de seus súditos, os quais cada vez mais seguiam a tudo ao que ela dizia. Todos se submetiam aos seus caprichos, mesmo cientes que eram sempre inferiorizados.

Até que um dia o “habitante” Grêmio, de um vilarejo chamado Rio Grande do Sul, resolveu “peitar” a “Família Paulista”. A família achava a maior graça de todo aquele esforço, convencida de que ninguém teria a mínima chance de tentar ser superior a ela. Mas o Grêmio lutava com todas as forças, não medindo esforços para tentar se apossar do reino até então impenetrável.

Ocorre que, atualmente, o “habitante” Grêmio, usando um golpe certeiro de estratégia, força e dedicação, está realizando bela “campanha eleitoral” e se sobressaindo diante da “família Paulista”, com ótimas chances de sentar no tão almejado trono.

Quem conquistará o trono? O resultado será conhecido no mês de dezembro, no plebiscito marcado para após a 38ª jornada do calendário do reino futebolístico de pontos corridos. Até lá, muitas emoções deverão acontecer. Façam suas apostas...

03 agosto 2008

Campeonato parelho

Desde 2003, no início da era de pontos corridos, o Brasileirão não tinha uma competição tão parelha como a atual.

- Vejam o Flamengo: liderou a maioria das rodadas até o momento e figura na 6ª colocação, 2 pontos atrás do G4;

- A distância do final do G4 para o 10º colocado é de apenas 6 pontos;

- A última vaga da Copa Sul-Americana para a primeira do rebaixamento é de apenas 4 pontos;

E estamos recém em 17 jogos realizados, restando 21 partidas a serem disputadas.

31 julho 2008

A corrida do ovo

Uma de minhas maiores diversões na escola era quando havia gincana. Eu era fanático – por que não dizer viciado – por gincana. Quando a data de uma gincana era definida, começávamos o planejamento, estratégias, enfim. Gincana era adrenalina pura.

Lembro de uma gincana que a escola promoveu entre estudantes da 1ª à 4ª séries. Na época eu estudava na 2ª série e nos sentíamos inferiorizados pelos “marmanjos” das séries maiores. Mas fomos à “guerra” com eles, confiantes em pelo menos fazer bonito, mesmo que não ganhássemos.

As tarefas foram entregues com antecedência e cabia a mim a última delas, que seria disputar uma corrida com um ovo em uma colher, não podendo deixar que ele caísse. Torci muito para que a gincana estivesse definida até essa prova, pois a pressão ficaria toda nos meus ombros. Como uma penalidade a ser cobrada aos 45 do segundo tempo, entendem?

Estávamos praticamente empatados com o pessoal da 4ª série até a prova derradeira. A “corrida do ovo” definiria o vencedor da gincana. Dada a largada, comecei com uma tremedeira na mão, a qual logo normalizou. Não lembro bem, mas estava na quarta colocação da corrida, enquanto que o “marmanjo” da 4ª série disparou. E foi então que melhorei o desempenho e me aproximei do líder – eram duas voltas ao redor da praçinha. Para resumir a história, acabei em segundo lugar, chegando praticamente junto com o vencedor, os então prevalecidos da gincana.

O Grêmio segue brilhante na “gincana do Brasileirão”. Já está há três rodadas na liderança da competição, encarando vários “marmanjos” de igual para igual. Poderá lá adiante não ser o vencedor, mas tem tudo para se manter entre a turma da Libertadores, talvez o objetivo menos difícil de ser alcançado na acirrada disputa pelo título.

25 julho 2008

Inveja do céu

Renato Russo tinha razão: “os bons morrem antes”.

Numa dessas armadilhas do destino, Luiz Fernando Bindi nos deixou aos 35 anos, vítima de infarto, na última terça-feira. Se existe (sim, existe, no presente mesmo) uma pessoa que posso dizer a vocês que “é o cara”, este é Bindão, pois assim o chamávamos.

Bindi residia na cidade de São Paulo, onde, entre tantos trabalhos, tinha seu programa na Rádio Bandeirantes, comentava jogos dos times da capital paulista nas mais diversas competições, era colaborador de vários sites, entre eles o de seu ídolo e amigo Milton Neves. Inclusive, no velório, Milton Neves falou bem alto, para todos ouvirem, que “Bindi era um ser humano que fazia as coisas com amor e que trabalhou muitas vezes praticamente de graça para elevar o nível do jornalismo e do comentário esportivo no Brasil, sempre conquistando a amizade de todos”.

Para que se tenha uma idéia da pessoa que Bindi era, se, por brincadeira, algum amigo telefonasse para ele de madrugada e perguntasse quanto seria a soma de dois mais dois, gentilmente ele diria “são quatro, caríssimo”. Aliás, a única pessoa no mundo que me chamou de “caríssimo” até hoje foi ele...

Quando lançou seu livro “Futebol é uma caixinha de surpresas”, no ano passado, colocou meu nome nos agradecimentos. Fui cobrá-lo sobre o porquê daquilo e ele, além de agradecer por alguns escudos de times de nossa região que o mandei para colaborar em seu site, me “respondeu” com um livro de presente. Esse era o Bindi. Assim era o Bindi. Um irmão que não tive.

Era torcedor fervoroso do Palmeiras, mas de imparcialidade extrema em seu trabalho. Mauro Beting descreveu Bindi como “daquelas pessoas que queriam o bem, que faziam o bem e que nos faziam bem”.

Siga com Deus, amigo. Espero que um dia possamos nos encontrar. E nesta oportunidade irei te cobrar por esse vazio que ficou.

É estranho, mas estou com inveja do céu. Lá a turma está contente. Bindi chegou.

23 julho 2008

BINDI ERA O CARA

Se tem uma pessoa que conheci (por telefone, MSN, e-mail) que poderia dizer "esse é o cara" foi Luiz Fernando Bindi, que numa das presepadas do destino, nos deixou nesta terça, vítima de infarto.

Ainda estou sem palavras e pouco me lixando sobre o que vai sair neste texto, mas não poderia deixar de descrever o que essa pessoa representou para mim: conhecimento, responsabilidade, honestidade, carinho, atenção, humor, entre outras milhões de qualidades que não estou conseguindo citar agora.

Valeu, Bindi... Agora você está ao lado de nosso bom Deus, em paz. Vamos sentir tua falta, como não poderia deixar de ser.

Um dia a gente se encontra e aquele prometido abraço ficará para essa data.

Aos familiares, minha solidariedade.

Para nós, amigos, o vazio que jamais será preenchido.

17 julho 2008

Sonho de consumo

Imagine a seguinte situação: você guarda dinheiro durante todo o ano para, em dezembro, comprar o sonhado televisor de 42 polegadas. Chega triunfante na loja e escuta do vendedor que o único televisor já havia sido reservado para o senhor Fulano de Tal, uma das pessoas de maior poder aquisitivo da cidade.

Você sai frustrado da loja, cabeça baixa, chutando o vento. Mas resolve voltar lá e investir no home theater que brilhava na vitrine. Seria fácil conectá-lo ao televisor de sua casa para fazer os vizinhos se apavorarem quando um filme estivesse sendo assistido. Mas o vendedor diz ser impossível, já que o mesmo Fulano de Tal também estaria adquirindo este bem.

Numa última tentativa de mandar a frustração às favas, sua atenção acaba se voltando para aquele sofá macio e gostoso, que numa incrível coincidência combinava perfeitamente com sua sala. O vendedor, já com pena de sua cara, informava que o senhor Fulano comprou, além do televisor e do home theater, aquele jogo de sofá para renovar sua sala de TV.

Mas e se a compra fosse em outra loja? Não resolveria o problema? Bom, aí depende do ego de cada um, principalmente no que se refere a você sentir-se valorizado em ter a preferência para adquirir determinado produto daquela loja, a de maior dificuldade, onde geralmente quem tem mais grana sempre acaba tendo preferência em tudo.

O Inter estava acertado com o zagueiro Miranda e, atravessando-se no negócio e com muito mais dinheiro, o São Paulo acabou levando. O Grêmio, fechado com Jorge Wagner, viu o meia escapar por entre seus dedos e parar no Tricolor Paulista. Richarlyson, que até mesmo exames médicos havia realizado no Palmeiras, apresentou-se no São Paulo no dia seguinte. E agora, pelo menos até o encerramento desse texto, o time paulista tentava se intrometer no negócio do Inter com o argentino D’Alessandro, conforme veiculado por diversos órgãos da imprensa esportiva.

No futebol é difícil competir com quem tem mais recursos financeiros. Você perde jogadores para o estrangeiro e, quando tenta repor, acaba vendo suas sonhadas contratações pararem no vizinho afortunado. Como diria o velho ditado, “quem pode mais, chora menos”.

10 julho 2008

Sobre a cara

Perguntaram a Tite se o Inter já estava tendo sua cara. A resposta do treinador foi que “o Inter está com a cara do Inter”.

Admiro sua humildade, mas é nítido que o time está, sim, com “a cara” de Tite, o qual motivou os jogadores, impôs seus métodos táticos e fez o clube subir na tabela, começando a brigar pelas primeiras posições. Qualidade para isso já existia. Faltava, porém, um empurrãozinho e algumas pitadas de confiança ao grupo, que já está respondendo positivamente.

Se conseguir no mínimo um empate fora de casa contra o Atlético-PR neste final de semana e, na quinta, vencer o Atlético-MG no Beira-Rio, o Colorado definitivamente se afirmará no Brasileirão.

A peça mais valiosa

No jogo de xadrez, a Rainha é a peça mais valiosa. Ela desliza por todos os lugares, em horizontal, vertical e diagonal, com absurda superioridade sobre todas as demais peças.

Se estiverem com suas Rainhas, os jogadores conseguem atuar de igual para igual, ficando o confronto totalmente equilibrado, até que alguma jogada possa desequilibrar a favor de alguém. Quando o jogador captura a Rainha de seu oponente, a tendência de uma vitória a seu favor aumenta de forma considerável. Aquele que perdeu a peça fica vulnerável e dificilmente escapa da derrota.

O xadrez também tem outras peças de poder, mas nenhuma igual à Rainha. As outras peças até conseguem “empurrar com a barriga” por algum tempo, mas a qualidade do jogo de quem perdeu sua “dama” diminui intensamente e a probabilidade do jogador “despencar” no tabuleiro é imensa.

A saída de Roger soou como uma bomba para o Grêmio, o qual precisava muito do talento do meia para o restante da temporada. Numa espécie de complemento, o Grêmio recuperou o bom futebol de Roger, o qual, em contrapartida, ajudava o clube com seu futebol diferenciado.

Capturaram a Rainha do jogo de xadrez do Tricolor. Resta, agora, usar outras peças como Tcheco e Souza, este recém contratado, para fazer com que o time continue podendo atuar de igual para igual com seus oponentes, com o objetivo de permanecer nos lugares mais altos da tabela do Campeonato Brasileiro.

03 julho 2008

Copo de leite resolve?

Quando você está com uma azia terrível e bebe um copo de leite gelado, ela acaba ou aumenta? Não sou médico e nem quero me aprofundar no assunto, mas conheço pessoas que dizem que a azia acaba e outras, que aumenta.

Imagine-se em casa, comendo uma porção de pasteizinhos. Digamos que você come meia dúzia dessa tentação. E no final, quem se apresenta? A maldita azia, representando que tem um felino arranhando seu estômago. Mas em casa não há nenhum sal de frutas ou algo parecido, ao mesmo tempo em que você lembra que já ouviu falar que um copo de leite gelado resolveria seu problema.

Alguns goles do leite e o que acontece? Você acaba “se salvando” desse irritante desconforto ou a azia piora a tal ponto de resolver chamar o corpo de bombeiros?

Sobre a penalidade de Renan em Rodrigo Mendes, minha opinião é só uma, a de respeitar o que colorados e gremistas pensam. Como um copo de leite no combate à azia: para uns resolve, para outros é totalmente ao contrário.

26 junho 2008

Traiçoeiro e serelepe

Alguma dúvida que o favorito para o Gre-Nal é o Grêmio? Atuará em casa, está numa fase excelente, todo mundo está jogando uma bola “redondinha” e, na história do Brasileirão, é superior ao Inter nos confrontos regionais.

Alguma dúvida que o favorito para o Gre-Nal é o Inter? Na história dos clássicos supera o Grêmio em 19 partidas, possui melhor retrospecto jogando na casa do adversário e geralmente nesse tipo de jogo aquele que está em má fase sempre aproveita para reagir.

Alguma dúvida que o Gre-Nal acabará empatado? Seguidamente quando um confronto é muito esperado a partida acaba sendo chata, fraca e fria, acabando num pobre zero a zero, talvez em 1 a 1 se estivermos de sorte.

Agora falando (ou escrevendo) sério, incrivelmente ainda encontramos quem arrisque dizer que esse ou aquele vencerá o jogo. Neste exemplo estou excluindo os fanáticos, claro. Gre-Nal é um jogo sem lógica e tudo, literalmente tudo mesmo, pode acontecer.

Peguemos dois exemplos. Lembram do primeiro clássico do Brasileirão passado? Na quarta-feira o Grêmio perdia a Libertadores para o Boca dentro de casa e, no domingo, ainda com o baque da derrota, vencia o Inter dentro do Beira-Rio por 2 a 0, fora o baile.

Outro exemplo, este um pouco mais antigo. O Grêmio era o campeão brasileiro de 96 e, no ano seguinte, acabara de ganhar a Copa do Brasil. No clássico do Brasileirão, dentro do Olímpico, o Inter venceu o histórico “jogo dos 5 a 2”, excluindo-se, também, o baile.

O clássico já consagrou aquele que estava em baixa, ao mesmo tempo em que deu vida àquele que “respirava por aparelhos”. Traiçoeiro, ele sempre nos engana. Serelepe, nos promove seguidas surpresas. Por isso, paremos com esse negócio de que em Gre-Nal existe favorito.

19 junho 2008

Namoro de adolescente

Quando adolescentes, é lógico que tivemos nossas namoradinhas. Cada festa na casa de alguém era um novo namoro garantido. Em média, os relacionamentos (inocentes, deixemos bem claro) duravam quinze, vinte dias. Em cada nova paquera havia as mesmas perguntas de amor, aquelas do tipo “você promete que nunca vai me deixar?”, compreendem?

O mais divertido naquela fase da vida era o “pós-festa”. Encontros antes de a menina ir para a escola, rápidos namoricos na hora do recreio e o cavalheirismo em acompanhá-la até em casa no final do dia. “Posso te ver amanhã?”. Romântico, não?

Em resumo, só faltava mesmo o guri ir até a casa dela e pedi-la em casamento. Tudo muito profundo, com um futuro inocentemente já sendo planejado por ambas as partes. O tradicional “Final Feliz” já não pertencia apenas aos outros. Enfim, estava sendo provado que realmente o sol nascera para todos. Até que viesse o próximo namoro inocente, claro...

Lembro de dezembro de 1995, quando Jardel saiu do Grêmio para o futebol português. Houve até um início de campanha “Fica, Jardel”, onde o torcedor poderia depositar qualquer valor ao clube, para que esse conseguisse manter o ídolo. Mas para a tristeza geral dos tricolores, nada adiantou.

Agora foi a vez de Fernandão, talvez o maior ídolo da história do Inter, dizer adeus. O capitão está indo para a Ásia, objetivando engordar sua conta bancária e talvez, somente talvez, voltar para encerrar a carreira.

Como naqueles bons tempos de paqueras de adolescentes, também de forma inocente, esperamos ter nossos ídolos para sempre nos respectivos times do coração. Mas temos que entender que a realidade infelizmente não permite que isso ocorra. E nos resta, além de ter aproveitado os ótimos momentos, ficar com as boas lembranças.

11 junho 2008

Contos de fadas

Levante o braço quem não conhece a história dos Três Porquinhos ou da Branca de Neve. Não precisa levantar agora, afinal, se alguém observar você lendo um texto com um braço erguido, no mínimo irá achá-lo “fora da casinha”.

O final de Os Três Porquinhos todo mundo sabe, claro. O lobo mau assopra as duas primeiras casas e derruba-as. Os porquinhos fogem para a casa do terceiro e, também assoprando, o lobo derruba a terceira casa e acaba conseguindo capturar os três pequenos suínos.

Na história da Branca de Neve, após comer a maça envenenada, a donzela é encontrada caída pelos anões, os quais, pensando que ela havia morrido, colocaram-na em um caixão. Foi quando veio o príncipe que, ao tentar beija-la para “quebrar” o feitiço, transformou a princesa em um sapo.

Calma, amigos, não estou delirando. Todos sabemos que não foram esses os finais dos contos de fadas acima. Apenas foi dada uma distorcida para driblar o óbvio e criar uma situação de surpresa em quem realmente conhece esses dois contos infantis.

Antes de iniciar o Brasileirão, muitos colocavam o Grêmio entre os rebaixados e o Inter no topo, brigando pelo título. As posições, pelo menos neste início de competição, estão totalmente invertidas para muita gente. O “conto de fadas da classificação do Brasileirão” nos mostra o Tricolor entre os quatro primeiros e o Colorado na turma dos que estariam rebaixados.

Será que a campanha da dupla Gre-Nal no Brasileirão também está maluca, assim como os finais dos contos infantis, os quais adulterei acima? Ou talvez o óbvio possa ter um final diferente daquilo que todo mundo conhece? Ainda teremos mais 33 rodadas, as quais com toda certeza irão nos responder...

05 junho 2008

Casamento moderno

Eles formam um casal perfeito, são muito felizes e extremamente liberais, estilo Woodstock. Por isso sentem-se livres e fazem de seu casamento uma verdadeira aventura. Ambos têm certeza que foram feitos um para o outro.

Casaram no papel e tudo. Porém, em acordo apenas verbal, decidiram que, quando distantes, poderiam fazer o que bem entendessem de suas vidas. Enquanto estivessem longe, morando em países diferentes, cada um faria de sua vida o que viesse à cabeça. Liberdade, entendem? Quando a saudade batesse, um simples telefonema resolveria tudo. Como são realizados financeiramente, morar por um tempo em um lugar e voltar em outra temporada não faria a mínima diferença.

Eles possuem filhos, os quais compreendem perfeitamente a relação do casal. Acham o máximo, por sinal. E os filhos têm absoluta certeza que, por mais que os pais se relacionem com outras pessoas durante o tempo em que estejam afastados, sabem que um voltará para o outro e a relação será assim para todo o sempre. Não há a mínima hipótese de que eles mudem esse jeitão. Jeitão só deles, de mais ninguém.

Um não vive sem o outro. As maiores conquistas de cada um foram obtidas por que a cara-metade estava ao lado. As realizações de um se tornou automática felicidade do outro, que, por viver intensamente cada momento, acabou conquistando junto.

É neste exemplo de relacionamento que vive Inter e Abel Braga. A novela dessa união custa a acabar e o final todos já sabem, já que Abel citou que futuramente voltará. O clube, em eterno agradecimento, acolherá seu comandante. Quanto ao “final feliz”, somente o destino poderá dizer se acontecerá ou não.

29 maio 2008

Cutucando a onça

Se existe uma coisa que não esqueço foi um banho de bola que tomamos de outro time quando eu tinha meus 11, 12 anos. Não recordo exatamente minha idade, mas o banho de bola que levamos foi inesquecível. Foi um banho “tão banho” que até hoje me sinto úmido por causa daquela simples partida.

Jogávamos bola em nosso campinho diariamente. Até que um dia apareceram uns seis, sete meninos de pés descalços e sem camisa, com uma bola, pedindo para jogar contra nós. Caímos em gargalhadas. Como se atreviam? Nós, de meiões, Kichute (lembram do Kichute?), como poderíamos perder para eles? É claro que aceitamos o desafio e os enfrentamos. Conhecíamos eles, até porque em cidade pequena, quem não conhece alguém? Mas não sabíamos se jogavam bem ou não. E fomos tranqüilos para o confronto.

Pois “cutucamos a onça com vara curta”. Aqueles meninos descalços e sem camisas, que pouco tempo antes foram motivo de risos por nossa turma, aplicaram uma goleada em nosso time. Quando tentamos anotar a placa, eles já haviam nos atropelado. E que ótimo foi ter acontecido aquilo. Certas coisas que acontecem em nosso tempo de criança acabam sendo uma lição de vida muito interessante.

Na primeira partida da final da Libertadores do ano passado, na Bombonera, Mano Menezes teve uma rápida discussão com Riquelme. Essas discussões normais de futebol... Em um de seus maiores erros na carreira, Mano disse três trágicas palavras ao jogador argentino: “Vai jogar bola”. Neste exato momento houve uma combinação de talento, inteligência, sangue e raça e deu no que deu: a partir daquele instante, Riquelme começava a decidir a Libertadores.

Boca e Fluminense, quarta-feira. A partida estava empatada em 1 a 1, quando houve uma falta para o time argentino. Riquelme reclamou quatro vezes da barreira. Reclamou tanto que o árbitro o puniu com cartão amarelo. O árbitro provocou Riquelme. Na cobrança da falta, preciso dizer o que aconteceu?

Para encurtarmos a história, uma dica: não provoquem Juan Román Riquelme. Quanto mais ele é provocado, melhor será sua resposta. Assim como nossos adversários, naquele campinho, quando acabaram com a nossa graça.

Melancolia

O ruim de termos Grêmio e Inter fora de competições como Copa do Brasil ou Libertadores é o vazio que habita entre nós. Se falarmos de um jogo do final de semana passado já estamos distantes e se citarmos as poucas novidades da semana para os próximos jogos, pouco é animador.

Mas o pior mesmo é tentar se habituar à melancolia, apenas vendo os outros disputando “as cabeças” das grandes competições

Cobiça estrangeira

Recém desacreditado, o Grêmio aparece na vitrine para vender jogadores à Europa.

Rafael Carioca, 18 anos, e o capitão Léo, com 20, já são alvos de cobiça dos ricaços lá de fora. É a nossa realidade, infelizmente.

O clube ganha dinheiro, mas as recomposições de elenco nem sempre são garantidas em termos de qualidade.

Meio recomposto

Finalmente o meio-campo colorado volta ao normal. Edinho, Guiñazu e Magrão atestam segurança na marcação e tranqüilidade para Alex armar e atuar mais perto do ataque, ao lado de Fernandão e Nilmar. Ataque que vem devendo bastante.

Extremos

Pelo Brasileirão, enquanto o Grêmio vai ao Rio de Janeiro enfrentar o Vasco, eliminado da Copa do Brasil e que jogará completo, o Inter recebe o Sport, classificado para a final da competição e possivelmente poupando alguns titulares.

Mas há mais diferenças por aí: o Grêmio enfrentará um Vasco cabisbaixo e deprimido e o Inter um Sport motivado e em ótima fase. São os extremos que a Copa do Brasil propiciou no meio da semana.

22 maio 2008

Um péssimo cozinheiro

Sou um desastre na cozinha. Um desastre completo, cinco estrelas. As únicas coisas que sei fazer na cozinha são as refeições e abrir/fechar a geladeira. Nada mais do que isso. Quem pedir para que eu prepare um prato está cometendo um sério risco de comprometer sua saúde.

Vou contar uma experiência que tive ao tentar aprender a cozinhar. Algum tempo atrás resolvi propôr à minha patrôa que me ajudasse a fazer um almoço de sábado. Ao ouvir meu pedido, ela teve vontade de correr ao telefone para chamar um médico, já que imaginou que eu pudesse estar delirando.

Consegui convencê-la de que eu estava em perfeito estado de saúde. Já foi o primeiro passo. O passo mais fácil, diga-se de passagem. A sequência seria mais complicada, já que eu estaria testando minha paciência junto com algo que nunca sonhei em gostar de fazer. Mas arregacei as mangas e fui ao batente.

Lógico que não vou pagar mico e dizer que prato era, muito menos se deu certo ou não. O resumo da história é que considero muito mais fácil escalar a Hungria de 1954 do que propriamente pilotar um fogão.

Trabalhar em pressão e ter a paciência sempre sendo testada é algo que jamais eu iria aceitar. Não sei até onde minha saúde toleraria. Por isso, mesmo tendo lá seus defeitos, admiro Celso Roth. Não falo sobre atuar como treinador, mas sim como ser humano.

Constantemente com seu equilíbrio emocional sendo testado por pressão de torcedores e repórteres em qulaquer clube que dirija, Roth está ali, de pé, sempre pronto a encarar. Sinceramente não sou admirador de seu trabalho, mas tiro o chapéu por sua paciência e capacidade de enfrentar diários tornados psicológicos.

15 maio 2008

Arroz com galinha

Odeio arroz com galinha. Posso estar com a maior fome do mundo, com a extrema necessidade de ter que me alimentar, mas esse prato não combina comigo. Não nasci para comer arroz com galinha.

Não me perguntem o porquê disso. Simplesmente não desce. Se alguém me convida para um almoço ou jantar e o prato for arroz com galinha, na maior das considerações e amizade, aceito. Mas com aquele pensamento de procurar comer muito pão, salada e o que mais tiver à mesa, já que a comida principal não é compatível comigo.

Claro que para gostar ou não de um tipo de comida, no mínimo você deve experimentá-lo. É óbvio que já comi arroz com galinha. Mas é uma mistura que não fecha comigo. Tento comer, confesso. Mastigo, sinto o gosto do tempero, da galinha caipira no ponto, do arroz bem cozinhado, mas não adianta. Me sinto frustrado por isso, até por que eu poderia ao menos valorizar quem prepara a refeição. Mas infelizmente não dá...

Enfim, cheguei à conclusão que a combinação arroz com galinha não nasceu para mim, assim como a Copa do Brasil não foi feita para o Inter. Mesmo que o clube tenha experimentado o sabor desse título uma vez, também já experimentei o prato citado. Mas não adianta. Da mesma maneira que ao tentar saborear o prato eu chego perto e não consigo, assim é o Inter na Copa do Brasil.

11 maio 2008

Brasileirão - Balanço da 1ª Rodada

Dentro do Normal:

- Vitória do Cruzeiro diante do Vitória;
- Vitória do Náutico diante do Goiás;
- Vitória do Atlético-PR contra o Ipatinga;
- Vitória do Inter contra o Vasco;
- Vitória do Botafogo diante do Sport;
- Empate entre Atlético-MG e Fluminense;
- Empate entre Portuguesa e Figueirense;
- Vitória do Flamengo contra o Santos.

Surpresas:

- Vitória do Grêmio contra o São Paulo, no Morumbi;
- Vitória do Coritiba contra o Palmeiras;

Sobre os gaúchos

- O Grêmio, totalmente desacreditado e pressionado após os recentes fracassos no Gauchão e na Copa do Brasil, teoricamente teria poucas chances contra o SP.
- Excelente a vitória do Inter, atuando com reservas e alguns jogadores que nem sequer eram relacionados para atuar. Além disso, o clube quebrou o tabu de 10 anos sem estrear com vitória no Brasileirão.

De forma geral...

- Se não se reforçarem, Ipatinga e Vitória nem bem "esquentarão" na Série A e logo retornarão à Segundona. Mesmo caminho poderá ser o do Goiás, que possui um de seus times mais fracos dos últimos anos.

- Com vários times preocupados com Libertadores e Copa do Brasil, a competição iniciou desfalcada de bons jogadores. Mas todo ano é assim. As prioridades são escolhidas por uns, enquanto que outros aproveitam para somar pontos.

- Logicamente que em apenas uma rodada não se pode prever muita coisa, até porque o Brasileirão é longo. Além do mais, nas janelas européias no meio do ano, vários times deverão mudar sua cara. Perdendo ou trazendo jogadores.

08 maio 2008

O garanhão milionário

Sabe aquele cara que se encontrou com uma baita atriz de novela e ela de imediato o convidou para um final de semana em sua casa na praia? Pois ele “mandou tão bem” que a atriz acabou espalhando para suas colegas de trabalho sobre o tal homem. Como em um passe de mágica, ele começou a sair com várias famosas em dias devidamente agendados.

Depois de passar uns dois meses nesta vida de rei, foi convidado por uma de suas “amigas” a fazer um teste de ator, pois, segundo ela, o garanhão levava jeito para a profissão. Fez o teste, passou e começou a atuar na novela das 8 (ou das 9), no horário nobre da TV brasileira.

Mas ele acabou cansando logo da profissão e resolveu juntar dinheiro para abrir sua própria empresa e trabalhar naquilo que realmente gostava. Mas nosso amigo tinha um sério vício: o jogo. Acabou usando boa parte de suas economias em um bolão da Mega-Sena, já que o prêmio estava acumulado. E não é que o cara acertou sozinho e ficou milionário?

Fiquei pensando muito, mas muito mesmo, sobre o que poderia escrever referente à histórica e humilhante goleada do Inter sobre o Juventude, por 8 a 1. Esse placar, da mesma forma que o “conto de fadas” acima, só pode mesmo ser levado à sério para quem realmente viu o acontecido. Quem não viu, não escutou ou não leu sobre o fato, duvido que acredite em uma só palavra.

Parabéns aos colorados pela conquista do Gauchão. Título mais do que justo e incontestável.

Pressão

Era visto que qualquer jogo pós-eliminações de Gauchão e Copa do Brasil seria em forma de pressão para os dirigentes gremistas e, principalmente, para Celso Roth.

Não sei se o Grêmio resolveu esperar os finais dos Estaduais para encontrar outro comandante ou se o clube preferiu simplesmente manter o treinador.

Não lembro de ter visto um treinador estar ameaçado antes mesmo de uma competição iniciar. No Grêmio, isso incrivelmente está acontecendo e a demissão de Roth representa ser uma mera questão de tempo.

01 maio 2008

Olha a onça!

Dois caçadores estavam na mata, quando escutaram um rugido. Como não poderia deixar de ser, se olharam, assustados. Já previam que aquele barulho era sinal de que boa coisa não era. Andaram mais um pouco e o rugido aumentava, parecendo que, sabe-se lá o que viria, estava cada vez mais perto.

E foi que se depararam com uma onça pintada. Começaram uma corrida desenfreada atrás de abrigo, proteção e, mais do que tudo, sobrevivência. Faminto, o animal começou a persegui-los.

Ambos estavam usando botas de borracha. Ainda com tempo, um dos caçadores teve a idéia de se livrar das botas. Tirou um pé, tropeçou, levantou, tirou o outro e seguiu a corrida.

– Não adianta você tirar as botas. Não conseguiremos correr mais do que ela – gritou, exausto, o seu amigo.

– Mas eu não preciso correr mais do que ela. Preciso correr mais do que você – finalizou o “amigo” de pés descalços, tomando a dianteira na corrida pela vida.

Quem “correrá mais do que a onça”? Inter ou Juventude? Qual dos dois irá sobreviver ao final do Gauchão 2008?

As respostas começam a ser desvendadas neste domingo, a partir das 16 horas.

Tudo ou nada

Na quarta, o Juventude disputava sua vaga à próxima fase da Copa do Brasil e a torcida pensava na final do Gauchão. Entendo a preferência dada pelo time da Serra (e torcedores) ao Gauchão, mas eliminar o Corinthians de Alagoas na competição nacional era obrigatório.

E se o Juventude ficar sem o título gaúcho, além de ter perdido uma bela quantia de dinheiro que a Copa do Brasil o reservaria para as fases seguintes?

A conquista do possível título gaúcho poderá ocorrer, mas há riscos. Enquanto que o dinheiro da Copa do Brasil já era.

Amistoso do Grêmio

Acompanhei o amistoso entre Grêmio e Ypiranga.

O time de Erechim mostrou que tem condições de voltar à elite do futebol gaúcho no próximo ano, já que vem muito bem na Segundona atual. E isso valorizou a vitória do Grêmio, que jogou uma partida difícil em pelo menos dois terços do confronto. Lógico que no Brasileirão as dificuldades serão imensamente maiores, além de que o time precisa de reforços com urgência, mas o Tricolor levou a sério a partida e isso deu ritmo aos jogadores.

Neste sábado mais um jogo difícil, contra o Avaí, em SC.

Super quarta !!!

Cheguei em casa por volta de 17.20 da tarde. Consegui acompanhar os 10 minutos finais de Chelsea e Liverpool, além de toda a prorrogação. Antes, acompanhava minuto a minuto em meu computador, no trabalho.

Após o final da partida, já estávamos com 15 minutos de Boca e Cruzeiro, quando o time argentino já vencia por 1 a 0. Assisti todo o jogo para, na sequência, acompanhar América-MEX e Flamengo, simultaneamente com San Lorenzo e River Plate.

Lógico que tem que sobrar um tempo para banho e lanche, os quais fiz no intervalo dessas partidas.

Depois, os jogos das 21.45 e 22 horas, quando acompanhei tudo ao mesmo tempo (com ajuda da Rádio Gaúcha, lógico), os jogos da Copa do Brasil e Libertadores.

Que grande quarta-feira. Quase sete horas de futebol...

24 abril 2008

Fé tem idade?

Quarta-feira, final de tarde. Estava retornando para casa quando vi um amigo com seu sobrinho e parei para bater um papo. O menino, sete anos de idade, estava de camisa do Inter e, como não poderia deixar de ser, o interroguei.

– Quanto vai ser o jogo hoje?
– Dez a zero para o Inter.
– Nossa! Tudo isso? Você não acha que é muito?
Ele não titubeou e de bate-pronto deu a resposta final.
– Tá bem... Nove a zero, então.

Após o riso, que foi inevitável, conversei mais um pouco com eles e fui para casa. Enquanto caminhava, fiquei pensando no que o garoto falou. Perguntava-me se aquela resposta era de alguém confiante na classificação de seu time ou de uma simples e inocente criança, que mal entendia sobre a remota chance de que aquele placar realmente pudesse acontecer.

Mas aí lembrei sobre o que li nos jornais de terça e quarta, começando com a frase de Andrezinho, que dissera ter sonhado que faria o gol decisivo e que o time se classificaria. Logo após, na carta que Guiñazu deixou aos companheiros de time, a qual muito provavelmente motivou a todos os colegas, os mesmos que logo entrariam em campo e seriam observados por uma torcida enlouquecida, que acreditava mais do que nunca na classificação.

Resumindo, fé não tem idade. Pode vir de uma inocente alma de criança como de alguém que esteja diretamente envolvido com as coisas que precisam acontecer. Quando a esperança estiver acima do pior obstáculo, ele será superado. E não vale apenas para o futebol, mas para todas as coisas de nossas vidas.


FOI JUSTO

O árbitro Wagner Tardelli realmente foi péssimo na partida de quarta-feira. Errou para os dois lados, e, pela circunstância do resultado, o Paraná acabou sendo o maior prejudicado, mas não com tanta intensidade como muitos falam. O que não se pode contestar, porém, foi a determinação dos jogadores do Inter, que correram do início ao fim em busca da classificação, a qual veio de maneira justa.

Como é que é?

Sobre os amistosos contra Ivoti e Ypiranga, de Erechim, Celso Roth definiu que o time atuará com os reservas (pelo menos até o fechamento da coluna). Os titulares somente atuarão no amistoso de 1º de maio, em Florianópolis, contra o Avaí.

Aí pergunto: o Grêmio estaria se poupando para quê? De que adianta fazer amistosos em preparação ao Brasileirão se não for usar o que tem de melhor?

Alguém me explique, por favor.

Assustador

Os primeiros reforços do Grêmio para o Brasileirão não estão empolgando nem o mais otimista dos torcedores. Além disso, a possibilidade de Eduardo Costa voltar à Europa é cada vez maior.

Estamos há pouco mais de duas semanas do início da competição e a torcida está assustada com o futuro do time. E com toda a razão, diga-se de passagem.

17 abril 2008

Guinchado ou roubado?

Há alguns anos, mais precisamente em 1999, fui com um amigo para Porto Alegre fazer compras para sua loja de confecções. Ele estacionou o carro em frente a uma enorme árvore caída (havia ocorrido um temporal no dia anterior) e nos bandeamos às compras.

Algumas horas depois, voltamos cheios de sacolas e... Cadê o carro?

– Ou guincharam ou roubaram – falei.
– Não foi aqui que deixamos, tenho certeza – disse ele.
– Foi aqui, sim – afirmei, convicto.

E ele, numa frustrada tentativa de se enganar, mas sabendo que estava com remotíssimas chances de estar certo, falou:

– Não foi aqui que deixamos, não. Lembra que tinha uma árvore caída na frente?

Mas nem a árvore havia mais ali. Chegamos perto do local (por “sorte” chovia) e nos deparamos com uma senhora placa de estacionamento apenas para ônibus. A árvore caída estava tapando a placa no momento que ele estacionou.

O recurso foi procurar algum policial militar para nos informar. Ao encontrarmos um policial, em contato por rádio, ele descobriu que o veículo de meu amigo estava em um guincho. Fomos até lá, ele pagou a pequena multa, entramos no carro e nos dirigimos de volta para casa.

Na estrada de volta, meu amigo confessou que tinha certeza que algo havia acontecido com o carro e, com medo e inseguro, não quis admitir...


NÃO É TUDO ISSO

Recordei a história acima após o final do jogo do Inter contra o Paraná, quando escutava algumas entrevistas pelo rádio. Tem gente dentro do Beira-Rio que não admite que o time não esteja jogando toda essa bola que eles imaginam (ou fingem imaginar). Os altos e baixos continuam e, em competições como a Copa do Brasil, isso pode ser fatal. Um engano que, se os olhos não forem abertos a tempo, poderá resultar em dias seguintes tensos. Como o nosso, no já distante 1999 na Capital gaúcha.

Mãos atadas

Por ter saído do Grêmio com apenas 20 anos, Ronaldinho renderá ao clube apenas 3% de sua possível futura transferência do Barcelona para o Milan, e não 5% como muitos imaginam.

O Grêmio necessita pelo menos quatro reforços em posições extremamente carentes, mas, de acordo com a direção do clube, apenas parte do valor será investido em novos jogadores, já que a maior fatia servirá para amortizações de dívidas enormes oriundas da parceria com a falida ISL.

Imagino a situação do novo diretor de futebol do clube, André Krieger, o qual nem bem assumiu e já começa trabalhando com as mãos atadas.

Eu queria ser ele

Quando adolescente, muitas vezes eu quis ser Romário. Cada gol que marcava em nossos rachões pelos campinhos de futebol, dava uma de Galvão Bueno e gritava “RRRROMÁÁÁÁÁRIOOO”.

Nesta semana o baixinho decretou sua aposentadoria. Na seleção dos melhores jogadores do mundo que vi atuar até hoje, ele tem lugar certo no ataque.

Sentiremos sua falta, Romário.

E obrigado por tudo o que fizeste por nós.

10 abril 2008

Tranquilidade

O que é a “gangorra” do futebol gaúcho, hein?

Enquanto assistia de camarote as desgraças do rival durante a semana, o Inter treinava sossegado para as semifinais do Gauchão, contra o Caxias.

Quanto à Copa do Brasil, foram definidos os mandos de campo para a próxima fase da competição. O Colorado jogará a primeira partida diante do Paraná fora de casa, decidindo tudo no Beira-Rio. Os confrontos ocorrem nas duas próximas quartas.

A viúva decidiu casar

– Vou casar! – disse a mãe, viúva há muitos anos.
– Como assim, casar? De onde essa idéia? – questionou a filha mais velha.
– Ué... Casar. Morar com meu futuro marido, unir laços, juntar os trapos.
– Sim, disso eu sei. O que não entendo é que há anos não a vejo com ninguém e de repente a senhora resolve casar?

E ficou aquela interrogação na cabeça da filha, que informou ao seu irmão, o qual também acabou pasmo. Afinal, a mãe praticamente não saía de casa, a não ser nas quartas à noite e domingos à tarde, quando jogava bingo com as amigas. Mas peraí! Será que ela realmente ia aos encontros de bingo? Mais dúvidas para os irmãos, completamente incrédulos. É, ela aproveitava e... Não, não podia ser. Mas era.

Lógico que os filhos resolveram investigar tal “brincadeira de mau gosto” e, para surpresa geral, lá estava a mãe em um belo domingo tomando sorvete com seu futuro esposo.

Passaram-se alguns dias e chegou a data do casório. A surpresa, que antes ficara apenas entre os filhos, passou a ser da cidade inteira, que jamais acreditou no que estava acontecendo.

Mas a vida era deles. Talvez estivessem aproveitando o resto de suas vidas para, como dizem os jovens, “curtir”. Afinal, todos têm direito de ser felizes, não é verdade?

Filhos, parentes, amigos e comunidade em geral só deveriam aceitar a felicidade do casal. Não tinha mais volta. E assim acabou a estória, em um famoso “Felizes para sempre”.


SURPRESA

Mais ou menos como o texto acima o Grêmio deixou o Brasil na última semana. Ninguém poderia crer que, de uma hora para outra, o até então invicto na temporada desandasse como desandou, sendo eliminado precocemente das duas competições que disputava.

É evidente que a história não acabou com um final feliz, mas muita gente ainda continua incrédula com o que aconteceu. O Tricolor não tem um baita time, mas ser eliminado por times de séries B e C fez soar o sinal de alerta para o Brasileirão.

06 abril 2008

Errei. Errei feio

Uma das maiores virtudes do ser humano é admitir quando erra. Ser honesto, humilde e reconhecer quando sua palavra, atitude ou tomada de decisão foi um completo engano.

E quando estamos emitindo nossas opiniões em um veículo de comunicação, Internet, etc., arriscar deve fazer parte do contexto. Aliás, emitir é muito melhor que omitir. Até porque não existe outra possibilidade. Formar opinião é uma rotina. Acertando ou errando, nossa opinião tem que ser exposta.

Há horas eu citava aqui que teríamos Gre-Nal na final do Gauchão. Que não havia possibilidade de algum time desbancar Grêmio ou Inter e chegar à decisão da competição, automaticamente excluindo-se, assim, a possibilidade de título.

Confesso que errei. Que errei feio, por sinal. Mas por que o Grêmio foi eliminado pelo Juventude? Duas pessoas foram o centro disso tudo. Primeiramente Paulo Pelaipe, diretor de futebol do Grêmio, quando, seguindo não só as suas como as convicções da direção do clube, prematuramente demitiu Vagner Mancini, que fazia um bom trabalho. E em seguida Celso Roth, o qual estranhamente arrebentou com a escalação do time no jogo decisivo, fato que ninguém conseguiu entender. Pelo menos até o momento, eu ainda não.

A gente erra. E quando comete o engano, deve ser humilde para admiti-lo. Peço desculpas aqui pelas minhas previsões que não se concretizaram. Agora só falta meia dúzia de pessoas dentro do Olímpico fazer o mesmo. Até porque, para a torcida tricolor, as palavras deles contam bem mais do que as minhas.

03 abril 2008

Inter, 99 anos

Nesta sexta o Inter está completando 99 anos. São quase cem anos de história. Uma história bonita, que contempla alegrias e tristezas, tropeços e glórias, paixão e emoção.

Nada mais justo do que parabenizar toda a nação colorada espalhada por esse mundão de Deus, além de torcer para que o progresso sempre acompanhe esse que é um dos maiores clubes do mundo.


Parabéns, torcida colorada!

Primeiro de Abril

Na terça, circulou pela Itália a notícia de que a Inter de Milão voltaria à Champions League, pois o Liverpool teria escalado um jogador irregular no confronto entre os dois times.

O incrível é que muita gente caiu. Fizeram até uma capa de jornal falsa com a notícia. Obviamente era uma mentira de primeiro de abril, ou um "pesce d'aprile", como eles dizem.

Sobre toucas

O Grêmio seguidamente se complica jogando em Goiânia. É assim contra o Goiás e, agora, com o Atlético-GO.

O próximo adversário do Inter na Copa do Brasil será o Paraná Clube, time chato quando enfrenta os gaúchos.

Pelo visto, as chamadas “toucas” estão aparecendo precocemente na temporada para a Dupla. Remédio para isso não existe, mas encarar com respeito é um ótimo primeiro passo.

Fim da invencibilidade

O Grêmio não fez uma boa partida contra o Atlético-GO e perdeu a invencibilidade na temporada, mas o placar de 2 a 1 foi, pelas circunstâncias e pelo regulamento da Copa do Brasil, excelente.

A derrota tem que ser atribuída a Celso Roth, que quando perdeu Anderson Pico machucado no começo do jogo, colocou um zagueiro, alterou o esquema de jogo para o 3-5-2 (o qual nem vinha sendo treinado) e o time ficou desarrumado em campo, o que se resumiu em uma partida má partida.

Menos mal que o resultado é plenamente reversível. O Grêmio não é um excelente time, mas tem condições de jogar bem mais do que apresentou na quarta-feira.

30 março 2008

Ainda as projeções

A princípio a lógica prevaleceu nos jogos de ida das quartas-de-final do Gauchão.

Com exceção da má partida realizada pelo Inter-SM (perdeu por 2 a 1 para a Sapucaiense, mas que conseguirá se classificar jogando a volta dentro de casa), todos os resultados foram de acordo com o esperado.

O Grêmio venceu com autoridade ao Juventude e não terá problemas para confirmar sua presença nas semifinais no jogo do próximo domingo, no Olímpico.

Citei que São José e Caxias fariam dois jogos equilibrados, mas que daria Caxias. Pelo empate de 1 a 1 em Porto Alegre, o clube da Serra vai carimbar sua vaga no Centenário, na volta.

O Inter não surpreendeu ao vencer a Ulbra. A surpresa foi a goleada ao natural. Até esperava-se mais resistência da Ulbra, fato que não ocorreu. E dará Inter, com absoluta tranqüilidade.

De acordo com essas previsões, as semifinais se apresentarão com:

Grêmio x Inter-SM - Internacional x Caxias.

E como a dupla da Capital fez as duas melhores campanhas, jogariam a partida da volta dentro de seus domínios.

Quer comprar um time?

Inspirado no portal inglês "My Football Club", foi criado um site no Brasil procurando sócios para adquirir um clube de futebol. De verdade mesmo.

O "Meu Time de Futebol" (http://www.mtdf.com.br/) pretende criar uma comunidade com cerca de 50 mil pessoas para comprar e administrar um clube brasileiro com votações para todas as decisões, inclusive escalações da equipe, tudo pela Internet.

O interessado poderá se cadastrar gratuitamente para se interar na idéia. A partir da segunda fase do projeto, porém, somente pagando uma anuidade de R$ 78,90.